Brunno Suênio
Thais Guimarães
A cabeleireira Cleytiana Campelo, mãe do estudante baleado pela ex-namorada dentro do Colégio CPI, em Teresina, concedeu entrevista a imprensa na manhã desta quinta-feira (5), um dia após seu filho sofrer a tentativa de homicídio. Ela disse que está confiante na recuperação de J.L.C. e que perdoa a adolescente que tentou contra sua vida.
Embora o estado de saúde do garoto seja considerado gravíssimo – o projétil que o atingiu ficou alojado na coluna cervical – a mãe demonstrou fé na sua cura. Ele está internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
“Não quero que nada abale a minha fé, creio em nome de Jesus que ele vai sair dessa perfeito, do jeito que Deus criou para ser. Para a medicina é gravíssimo, mas para Deus não há nada impossível. Assim como eu sou um milagre, que trabalho mais de doze horas e estou de pé, porque Jesus curou a minha coluna, a cervical dele também vai ser curada”, declarou Cleytiana Campelo.
“Eu perdoo”
Cleytiana lamentou a motivação do atentado contra o filho, mas disse que perdoa a adolescente que atirou contra ele. “Meu filho não quis namorar com ela e ela fez isso, mas que Deus tenha misericórdia da vida dela. Do meu coração, eu disse: ‘Senhor eu perdoo e lanço perdão sobre a vida dela’. Está feito, ninguém desmancha”, afirmou.
A mãe também refletiu sobre a saúde mental dos adolescentes, que segundo ela, sofrem de dependência emocional. “Infelizmente os jovens hoje depois da pandemia estão desequilibrados emocionalmente, dependência emocional, por causa do convívio social que não se tem mais. Eles dependem um do outro, e isso não é para acontecer”, concluiu.
Entenda o caso
O adolescente J. L. C., 16 anos, sofreu uma tentativa de homicídio na manhã dessa quarta-feira (04) dentro do Colégio CPI. A acusada trata-se da ex-namorada, L. M. G., de 17 anos, que não aceitou o fim do relacionamento e levou a arma do pai para escola e efetuou um tiro no rosto do estudante.
De acordo com a Polícia Civil, a acusada entrou na escola com uma pistola 9mm de seu pai, que é sargento da Polícia Militar do Piauí, e uma faca dentro da mochila. Por volta de 7h40, os dois alunos iniciaram uma conversa no refeitório do colégio e, nesse momento, a estudante efetuou um único disparo no rosto de J. L. C.
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