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Teresina - Piauí

CRM denuncia falta de medicamentos em todas as UBSs de Teresina

Procurada pelo GP1, a FMS informou que ainda não foi notificada pelo Conselho Regional de Medicina.

O Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) divulgou, nessa terça-feira (10), relatório de um mapeamento completo realizado em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Teresina. Segundo o órgão, em todas as 91 unidades foram registradas falta de medicamentos essenciais.

Entre os medicamentos em falta, estão antibióticos, antiparasitários, anti-hipertensivos e hipoglicemiantes. “Isso só mostra o retrato que vem sendo amplamente divulgado sobre a crise na saúde municipal e que pôde ser constatado pelas fiscalizações do CRM-PI”, diz a nota do CRM-PI.


Foto: Alef Leão/GP1Unidade Básica de Saúde do bairro Real Copagre, zona Norte
Unidade Básica de Saúde do bairro Real Copagre, zona Norte

Insumos

Das 91 UBS fiscalizadas, em 32 faltava algum tipo de insumo, como gaze, algodão, luva, entre outros.

Estrutura

Em 55 unidades – mais da metade, foi constatado algum tipo de problema estrutural, como rachaduras, infiltrações, mofos, afundamento de piso, problemas hidráulicos ou de esgoto. Em 53 UBS, foram identificados um ou mais equipamentos quebrados, ou com defeitos, sejam ar-condicionado, bebedouro, cadeira e banheiro.

Saúde da Família

De acordo com o CRM-PI, apenas 29 UBS possuem mais de uma equipe de Estratégia Saúde da Família (ESF), a qual deve contar com médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde. Quanto mais equipes, melhor o atendimento à população.

Pedido de providências

Os relatórios foram encaminhados à Fundação Municipal de Saúde de Teresina (FMS) e ao Ministério Público do Piauí, com pedido de providências.

“O CRM-PI reitera o pedido de que as providências sejam tomadas para que a população não fique prejudicada, uma vez que as UBS estão na linha de frente para a promoção e prevenção de agravos de saúde do cidadão. Espera-se também que o relatório possa trazer soluções quanto à falta de estrutura, de medicamentos e de insumos, de forma que os médicos e demais profissionais de saúde possam trabalhar em condições mais dignas”, destacou o órgão.

O que diz a FMS

Procurada pelo GP1, a FMS informou que não foi notificada e vai se manifestar nos autos do processo que vier a ser instaurado.

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