Juíza nega liberdade a acusado de matar idoso em Teresina

A juíza Júnia Maria Feitosa, da 3ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, negou pedido de revogação da prisão preventiva de Manoel Ferreira Lima Neto, acusado de assassinar com disparo de arma de fogo o idoso Vagner Alves de Aguiar, 74 anos, crime ocorrido em 5 de junho deste ano, durante tentativa de assalto. A decisão é do dia 23 de agosto.

Foi analisado pedido de liberdade formulado em defesa preliminar apresentada pelo acusado, que está preso preventivamente na Cadeia Pública de Altos desde o dia 12 de junho. Manoel Neto se tornou réu no dia 28 de julho, quando a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI).

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Foto: Divulgação/Polícia Civil

Manoel Ferreira Lima Neto

Na decisão, a juíza destacou que Manoel Neto representa um perigo à sociedade, o que justifica a necessidade da manutenção da prisão preventiva.

“Ressalta-se que o acusado possui registro criminal anterior, o que demonstra o descaso do réu à justiça pública e à própria ordem social, correndo efetivo risco de reiteração delitiva. Isto posto, entendo estar configurada a real necessidade de manutenção da medida cautelar”, enfatizou a magistrada.

Diante disso, a juíza Júnia Maria Feitosa negou o pedido de liberdade. “Mantenho a custódia cautelar de Manoel Ferreira Lima Neto, por entender que a medida excepcional se justifica com vistas à garantia da ordem pública”, decidiu.

Relembre o caso

O idoso Vagner Alves de Aguiar, 74 anos, foi assassinado durante uma tentativa de assalto na Rua Amazonas, bairro Matinha, zona norte de Teresina, no dia 5 de junho. Ele foi atingido por um disparo de arma de fogo após reagir à investida criminosa e desferir um golpe de faca contra Manoel Neto.

O acusado foi preso quatro dias depois e no dia 16 de junho foi indiciado pela Polícia Civil do Piauí. Durante o depoimento prestado às autoridades policiais, Manoel Ferreira Neto, afirmou que tinha apenas a intenção de roubar o carro do idoso, mas acabou atirando contra a vítima, depois da reação.

Participação de outra pessoa

Durante as investigações, o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) descobriu a participação de uma segunda pessoa no crime: Luan Vitor Gomes dos Santos, apontado como o responsável por fornecer a arma de fogo para Manoel Neto.