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São Raimundo Nonato - Piauí

OAB repudia fala de bispo do Piauí sobre vocação dos advogados

A crítica do bispo foi feita nos festejos do padroeiro de São Raimundo Nonato, nessa quarta-feira (23).

A Ordem dos Advogados do Brasil Subseção de São Raimundo Nonato repudiou a fala do Bispo da Diocese de São Raimundo Nonato, Dom Eduardo Zielski, que criticou a atuação dos advogados durante celebração do festejo do padroeiro da cidade, na última quarta-feira (23).

Na ocasião, o pontífice realizava homilia sobre o tema do festejo: “Vocação: Graça e Missão”, quando acabou direcionando críticas aos advogados. “Profissão é uma vocação. (...) Embora que às vezes fica difícil de compreender como é que fica a vocação, por exemplo, de advogado. Como é a vocação de advogado? Arrancar bandido da cadeia? Isso é vocação de advogado? Eu acho que advogado deve prezar, acima de tudo, a verdade. Pesquisar, conhecer e servir a verdade. É ou não é? Não quem dá mais”, pronunciou o bispo.


Em nota, a OAB de São Raimundo repudiou a fala do sacerdote, ao mesmo tempo, em que defendeu o exercício da advocacia criminal. “Usar do tema ‘Vocação: Graça e Missão’ para descredibilizar a profissão do advogado em um momento tão festivo e visível na sociedade só mostra o quanto alguns líderes religiosos ainda pregam o ódio e a discórdia, quando deveriam ser exemplos de amor e acolhimento”, manifestou a OAB.

Na oportunidade, a subseção também destacou que a advocacia criminal é desempenhada por advogados vocacionados, que acima de tudo cumprem com o art. 133 da Constituição Federal, em que o advogado é considerado indispensável à administração da Justiça.

Foto: Reprodução/YoutubeBispo Dom Eduardo Zielski
Bispo Dom Eduardo Zielski

“Aqueles que sentem essa vocação muitas vezes possuem traços distintivos que os tornam excepcionalmente adequados para lidar com as complexidades da advocacia criminal. A empatia é uma das características mais marcantes. Esses advogados entendem que cada cliente é mais do que a soma de seus atos e acusações. Eles enxergam a humanidade por trás das alegações, reconhecendo que todos merecem uma defesa justa e imparcial, independentemente da natureza dos crimes dos quais são acusados”, finalizou a OAB.

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