A Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil (CPDA/OAB-PI) denunciou nesta quarta-feira (02) um vídeo chocante que está circulando nas redes sociais. No vídeo, uma mulher incentiva sua filha, ainda bebê, a maltratar um filhote de cachorro da raça Spitz Alemão, causando indignação em muitos internautas e protetores de animais de Teresina.
No registro, a criança empurra o filhote de cachorro em um carrinho de supermercado de brinquedo, derrubando-o e dando puxões no animal. A atitude é reforçada pela voz da mãe ao fundo, que diz: “isso, minha filha, se vingue dele. Ele fica mordendo, você tem que dar uns puxões nele também, na hora que ele estiver nessa cestinha, para aprender parar de morder minha filha”, pronuncia a mãe do bebê enquanto sorri da situação.
Após a divulgação do vídeo, a mãe da criança utilizou as redes sociais para tentar justificar o incentivo as agressões contra o cachorro. “Para quem tá achando que Chico é coitado... passa o dia mordendo e azunhando (sic) ela”, escreveu a mulher.
Comissão pede que mulher seja responsabilizada
De acordo com a Comissão de Proteção e Defesa dos Animais, a primeira medida a ser adotada em relação ao caso será a retirada imediata do animal do poder da mulher. A presidente da entidade, Dárcia Alencar, destacou que a mãe da criança deve ser responsabilizada por incentivar maus tratos ao animal.
“Uma criança não tem a consciência de que está maltratando um animal. Então os pais têm que ter muita responsabilidade para poder ter um cachorrinho e um bebê dentro de casa. Quem não tem discernimento é a criança e o animal, os pais teoricamente eram para ter. Então o pai que dá um cachorro para um bebê precisa ter um discernimento mínimo que são dois seres, com vida e não tem consciência de nada que está acontecendo ali”.
Boletim de Ocorrência
O delegado da Polícia Civil do Piauí (PC-PI) Eduardo Aquino, também se indignou diante do registro, e na manhã desta quarta-feira (02) registrou boletim de ocorrência sobre o fato da Delegacia Especializada de Proteção ao Meio Ambiente. “Eu atuei como noticiante do fato, tomei conhecimento logo cedo e encaminhei ao delegado responsável pela unidade policial, para que as providências possam ser tomadas”, pontuou o delegado Eduardo Aquino.
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