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Teresina - Piauí

Horas antes de sair, técnico Luan Carlos cita dificuldades no Altos

“Lamentável, fico muito triste com a situação. Pedimos desculpa ao torcedor", afirmou o comandante.

Após mais uma derrota sob o comando do Altos, o técnico Luan Carlos anunciou sua saída da equipe. Na ocasião, o Jacaré foi derrotado por 1 a 0 para Botafogo-PB, jogando em casa e se afundou de vez na lanterna do Brasileirão Série C. Horas antes de seu desligamento, o comandante declarou que o revés para o Belo foi lamentável, já que acreditava na vitória. Todo esse cenário gerou revolta na torcida, que após o apito final teceu críticas ao clube. Segundo o comandante, essa cobrança é normal, tendo em vista a situação do Alviverde.

“Lamentável, fico muito triste com a situação. Estava acreditando muito na vitória. Infelizmente acabamos não produzindo o que esperávamos, com o retorno que tanto planejamos e trabalhamos. Perdemos um jogo que dificulta muito a nossa vida dentro do campeonato. É uma pena, a gente lamenta e pedimos desculpa ao torcedor. O torcedor está coberto de razão, essa é a cobrança que tem que acontecer, na arquibancada exigindo mudanças e cobrando. Esse é o ponto de vista deles e jamais vãos tirar isso do torcedor. Fico triste, a gente sempre quer o melhor para o torcedor, quando a gente não consegue retribuir vem a cobrança e ela é natural”, pontuou Luan Carlos.


Segundo o comandante, a situação mais preocupante do elenco é parte física, já que o grupo vem sofrendo com uma série de lesões. Para ele, esse fator não é o principal, mas acaba contribuído muito para a queda de rendimento do Jacaré.

Foto: Samuel Pereira A.A AltosLuan Carlos, técnico do Altos
Luan Carlos, técnico do Altos

“É um time que precisa um pouco mais de força e potência, a base física não está legal. Isso está ficando claro dentro das partidas, seja na queda de rendimento ou no aparecimento de lesões, e tudo isso tem contribuído para o atual momento do clube. No futebol não dá para isolar só a parte física, mas a gente tem visto que essa parte tem comprometido o jogo da equipe, e preocupa porque não dá para resolver problema fisiológico de uma semana para outra”, ressaltou o técnico.

Para o confronto diante do Botafogo-PB, Luan Carlos iniciou com um esquema de 4-3-3, colocando Dieguinho como homem de criação. Vendo que o time não rendeu, colocou em campo Du Santos, Lelê e Manoel, mas novamente sem sucesso. Na analise do treinador, a ideia do sistema era dá mais velocidade para o time para ganhar os duelos nas laterais do campo, porém aconteceu o inverso. Dificultando mais a situação, Luan Carlos afirmou que o meio-campo também não foi efetivo, gerando desequilíbrio na partida.

“Tentamos um sistema diferente no primeiro tempo, com a ideia de ter mais velocidade pelos lados e ganhar esses confrontos, mas aconteceu o inverso, perdemos muitos confrontos pelos lados, com muitos contra-ataques do adversário pelos corredores laterais, gerando um desequilíbrio muito grande. Para sobrecarregar ainda mais, perdemos muito dos confrontos no meio-campo, tanto defensivos, quanto ofensivos. E quando se perde muito combate no meio-campo a equipe fica muito esfacelada na região e com muito espaço, gerando uma desorganização, que só com um intervalo conseguimos corrigir. A entrada do Du Santos deu mais firmeza e sustentação na frente dos zagueiros. Já o Lelê deu mais mobilidade enquanto estava bem, pois deu 30 minutos, ele sentiu uma lesão e não jogou mais. Logo em seguida, o Tibiri também sentiu, aí acabou o jogo, não tinha mais o que fazer, indo apenas na base da entrega. Mas com dois a menos e com o time cansado, a situação fica irreversível”, finalizou o comandante.

Luan Carlos treinou o Altos em apenas quatro jogos, onde somou dois empates e duas derrotas. Sob o comando interino de Cristiano Bassoli, o Jacaré tenta escapar do rebaixamento no sábado (29), onde enfrenta o Volta Redonda, pela 15ª rodada do Brasileirão Série C, no estádio Raulino Oliveira, às 19h. Com a queda de Luan Carlos, o Alviverde chegou ao seu quarto treinador a ser desligado do clube, seguido de Sérgio Soares, Jerson Testoni e Fernando Tonet.

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