A Polícia Civil do Piauí indiciou, pelo crime de estelionato, João Bastos Neto, preso sob acusação de aplicar golpe em um empresário em Teresina. Ele foi indiciado nessa sexta-feira (12) pelo delegado Filipe Bonavides e pelo delegado Matheus Zanatta, superintendente de Operações Integradas da Secretaria de Segurança.
João Bastos Neto, preso no dia 4 de maio no bairro São João, na zona leste de Teresina, foi denunciado no dia 30 de março por um empresário, que vendeu um carro de luxo ao acusado em janeiro de 2023, mas não recebeu o dinheiro pela compra, no valor R$ 260 mil (duzentos e sessenta mil reais).
Segundo a polícia, o acusado comprou do empresário um veículo BMW 320 I e deu um cheque sem fundo. “O suspeito prometeu pagamento, ciente de que suas contas não possuíam disponibilidade financeira, induzindo a vítima em erro, obtendo vantagem econômico-financeira de forma ilícita”, consta no relatório do indiciamento.
Passou carro para frente
No decorrer das investigações, a Polícia Civil constatou que João Bastos Neto revendeu o carro por R$ 150 mil. “Evidencia-se que o investigado, João Bastos Neto, alienou coisa alheia como própria, prometendo envio de DUT, por um valor bem abaixo do de mercado do veículo, qual seja, a alienação por R$ 150.000,00”, diz outro trecho do indiciamento.
Indiciamento
Diante dos fatos, a Polícia Civil decidiu indiciar João Bastos Neto pelo crime de estelionato. No ato do indiciamento, os delegados Matheus Zanatta e Filipe Bonavides também se manifestaram pela manutenção da prisão preventiva do acusado.
“Estelionatário contumaz”
No relatório do indiciamento os delegados ressaltaram que João Bastos Neto é “estelionatário contumaz”, e que, após sua prisão, surgiram novas denúncias. Ele é acusado de se utilizar até do nome da mãe falecida para aplicar golpes, que chegam a R$ 4,5 milhões.
“O investigado é um estelionatário contumaz, conforme a demonstração de fatos concretos corroborados pelos registros de boletins de ocorrência de outras vítimas de João, logo após a divulgação de sua prisão. Nesse contexto, houve registro de dois boletins de ocorrência, somados aos já existentes (demonstrados na representação da prisão preventiva) após sua prisão, noticiando a esta autoridade indícios de práticas de outros crimes patrimoniais pelo investigado. Vale destacar, inclusive, que, em um deles, João chegou a apresentar cheques no nome da própria mãe falecida, todos sem fundos, totalizando um prejuízo maior que R$ 4.500.000,00”, destacaram os delegados.
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