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Teresina - Piauí

Polícia Civil do Piauí pede a prisão de empresário acusado de aplicar golpe em médico

O empresário é o mesmo que foi denunciado por aplicar golpe no sobrinho do senador Marcelo Castro.

A Polícia Civil do Piauí ingressou com mais um pedido de prisão preventiva em desfavor do empresário Alexandre Cavalcanti Castelo Branco, que foi indiciado sob acusação de aplicar golpe contra o médico psiquiatra Ediwyrton de Freitas Morais Barros. A representação foi ajuizada nessa segunda-feira (8) pelo delegado Ademar Canabrava, do 12º Distrito Policial, que já havia pedido a prisão do empresário em um inquérito onde ele é acusado de aplicar golpe em um sobrinho do senador Marcelo Castro (MDB).

O delegado Ademar Canabrava instaurou inquérito policial após o médico Ediwyrton Barros registrar Boletim de Ocorrência no dia 20 de janeiro, afirmando ter sido vítima de estelionato por parte do empresário.


Foto: Reprodução/Redes SociaisAlexandre Cavalcanti
Alexandre Cavalcanti

O médico narra que, no dia 15 de julho de 2022 celebrou contrato com a empresa SolutionN2B, de propriedade de Alexandre Cavalcanti, para instalação de um sistema de geração de energia solar em sua residência, na zona leste de Teresina. Ocorre que, segundo o denunciante, o empresário não cumpriu o acordo e lhe aplicou um golpe.

O contrato teve o valor total de R$ 26.500,00. Foi dada uma entrada de R$ 15 mil e o restante, correspondente ao valor de R$ 11.500,00, seria dividido em nove boletos de R$ 1.277,78, que seriam pagos logo após a conclusão do serviço.

“O noticiante relata que o Sr. Alexandre nunca fez nada, que o Sr. Alexandre ficou ‘embromando’, dando várias desculpas”, consta no Boletim de Ocorrência registrado pelo médico Ediwyrton Barros.

No dia 24 de fevereiro, Ediwyrton Barros, por meio de um advogado, pediu a instauração de inquérito em desfavor de Alexandre Cavalcanti. No pedido, ele anexou prints de conversas com o empresário, onde ele cobra a execução pelo serviço pago.

Foto: ReproduçãoConversas entre o médico Ediwyrton Barros e o empresário Alexandre Cavalcanti
Conversas entre o médico Ediwyrton Barros e o empresário Alexandre Cavalcanti

O que diz o empresário

Alexandre Cavalcanti compareceu ao 12º Distrito Policial no dia 28 de abril e prestou depoimento, ocasião em que negou a acusação de estelionato e disse que não conseguiu executar o serviço contratado pelo médico Ediwyrton Barros devido a problemas com o engenheiro da empresa.

“O declarante informa ainda que o procedimento adotado pelo Sr. Ediwyrton em sede de polícia é indevida, uma vez que se trata de relação comercial e a competência é de esfera cível, tratando-se de falsa comunicação de crime”, afirmou Alexandre Cavalcanti em depoimento.

Inquérito

No decorrer do inquérito, o delegado Ademar Canabrava concluiu que, no caso em questão, há elementos suficientes que indicam a prática do crime de estelionato. “O contrato apresentado pela vítima e o comprovante de não pagamento afirmado em depoimento pelo próprio noticiado formaram elementos de convicção da existência de crime de estelionato”, destacou o titular do 12º DP.

Diante disso, o delegado pediu a decretação de prisão preventiva do empresário Alexandre Cavalcanti. “Tendo em vista a conduta reiterada de crime de estelionato cometida pelo noticiado, uma vez que é o segundo inquérito em que o mesmo é indiciado pela mesma prática de crime, esta autoridade representa pela prisão preventiva do indiciado com base nos Arts. 311 e 312 do CPP [Código de Processo Penal], uma vez que há prova da existência do crime e autoria delitiva definida”, concluiu Ademar Canabrava.

Segundo pedido de prisão

Esse é o segundo pedido de prisão preventiva feito pelo delegado Ademar Canabrava em desfavor de Alexandre Cavalcanti. No dia 8 de fevereiro, o titular do 12º DP representou pela prisão do empresário sob acusação de aplicar golpe contra o também empresário Mathias Neto Maia Machado e Castro, sobrinho do senador Marcelo Castro (MDB).

Outras denúncias

Além de Mathias Neto, Alexandre Cavalcanti foi denunciado por outras quatro pessoas, entre elas a ex-esposa, a ex-sogra e um advogado. Todos os boletins foram registrados junto ao 12º DP entre dezembro de 2021 e dezembro de 2022.

Outro lado

Alexandre Cavalcanti não foi localizado pelo GP1.

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