Encerra nesta quinta-feira (06) o prazo de 30 dias dado pela Justiça para que a Delegacia Especializada em Feminicídio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) conclua o inquérito que investiga a morte da pequena Débora Vitória Gomes Soares Batista, de 6 anos, assassinada com disparos de arma de fogo durante um assalto no bairro Ilhotas, zona sul de Teresina, em 11 de novembro de 2022.
Em 6 de março deste ano, o juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina, estabeleceu o prazo de 30 dias para a conclusão das investigações, tendo como principal suspeito o tenente da Polícia Militar do Piauí, José da Cruz Bernardes Filho, apontado como autor do disparo que tirou a vida da garota.
Após a conclusão do prazo, a Delegacia de Feminicídio, chefiada pela delegada Nathália Figueiredo, deve apresentar um relatório em que possa sugerir o arquivamento ou solicitar mais prazo para o encerramento das investigações.
Reconstituição do crime
Na última quinta-feira, 2 de março, a Polícia Civil do Piauí realizou a reconstituição do crime que culminou na morte da criança. O procedimento ocorreu após pedido do Ministério Público, em que o promotor Régis de Moraes Marinho alegou a necessidade de um exame pericial no local do crime.
A intenção foi estabelecer a exata posição de cada um dos envolvidos no momento em que ocorreram os disparos, bem como identificar a trajetória dos projéteis que atingiram Débora Vitória e sua mãe, Dayane Gomes, que se emocionou durante a reconstituição.
O crime
Débora Vitória morreu e sua mãe, Dayane Gomes, ficou ferida após ambas serem baleadas durante um assalto na noite do dia 11 de novembro. O crime aconteceu no momento em que mãe e filha saíam de casa em uma motocicleta, quando foram abordadas por Clemilson da Conceição Rodrigues.
O tenente José da Cruz Bernardes, da Polícia Militar do Piauí, que não estava em serviço, presenciou a abordagem e decidiu intervir atirando no bandido, iniciando assim a troca de tiros que acabou por provocar a morte da criança.
O policial militar foi indiciado pelo DHPP, que concluiu no inquérito que o tiro que matou Débora Vitória saiu da arma que ele utilizava. Já Clemilson Rodrigues virou réu, acusado de ser o autor do disparo de arma de fogo que atingiu Dayane Gomes, mãe de Débora.
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