O juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina, deu prazo de 30 dias para que a Delegacia Especializada em Feminicídio, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), conclua o inquérito que investiga a morte da pequena Débora Vitória Gomes Soares Batista, menina de 6 anos morta com disparos de arma de fogo durante um assalto no bairro Ilhotas, zona sul de Teresina, no dia 11 de novembro do ano passado. A decisão do magistrado foi dada nesta segunda-feira (06).
Nos autos, o magistrado pontuou que foi renovada a intimação da autoridade policial para a conclusão do inquérito, sendo necessária a apresentação de relatório, onde a Delegacia de Feminicídio pode sugerir arquivamento ou solicitar mais prazo para o encerramento.
“Considerando a certidão de decurso de prazo estipulado para a autoridade policial apresentar o inquérito concluído, determino a renovação da intimação da autoridade policial responsável pelas investigações para que, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, conclua o presente inquérito e apresente o respectivo relatório, sugerindo o arquivamento, se for o caso, ou justificando a necessidade de mais prazo para conclusão do inquérito”, diz trecho da decisão.
Reconstituição do crime
Na última quinta-feira, 2 de março, a Polícia Civil do Piauí realizou a reconstituição do crime que culminou na morte da criança. O procedimento ocorreu após pedido do Ministério Público, onde o promotor Régis de Moraes Marinho alegou necessidade de exame pericial no local do crime.
A intenção foi estabelecer a exata posição de cada um dos envolvidos no momento em que ocorreram os disparos, bem como identificar a trajetória dos projéteis que atingiram Débora Vitória e sua mãe, Dayane Gomes, que se emocionou no momento da reconstituição.
O crime
Débora Vitória morreu e sua mãe, Dayane Gomes, ficou ferida após as duas serem baleadas durante um assalto na noite do dia 11 de novembro. O crime aconteceu no momento em que mãe e filha saíam de casa em uma motocicleta, quando foram abordadas por Clemilson da Conceição Rodrigues.
O tenente José da Cruz Bernardes, da Polícia Militar do Piauí, que não estava em serviço, presenciou a abordagem e decidiu intervir atirando no bandido, e assim iniciou a troca de tiros que acabou provocando a morte da criança.
O policial militar foi indiciado pelo DHPP, que concluiu no inquérito que o tiro que matou Débora Vitória saiu da arma que ele utilizava. Já Clemilson Rodrigues virou réu acusado de ser o autor do disparo de arma de fogo que atingiu Dayane Gomes, mãe de Débora.
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