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Teresina - Piauí

Ex-policial condenado por matar Donizetti Adalto é preso durante operação

A ação foi realizada na manhã desta sexta-feira (10) pela 3ª Delegacia Seccional da Polícia Civil.

O ex-policial civil João Evangelista de Meneses, mais conhecido como Pezão, condenado a 23 anos de prisão pelo assassinato do jornalista Donizetti Adalto, foi preso na manhã desta sexta-feira (10), em Teresina, suspeito de tráfico de drogas, durante uma operação da Polícia Civil do Piauí. A ação foi deflagrada pela 3ª Delegacia Seccional, em conjunto com policiais do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO).

De acordo com o delegado Samuel Silveira, titular da 3ª Delegacia Seccional, as investigações da Polícia Civil apontaram que Pezão estava realizando tráfico de entorpecentes em sua residência, que fica localizada na região da Santa Maria da Codipi, zona norte de Teresina.


Foto: Reprodução/WhatsAppJoão Evangelista de Meneses, mais conhecido como Pezão
João Evangelista de Meneses, mais conhecido como Pezão

Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, os policiais encontraram uma quantidade não especificada de crack e dinheiro trocado no imóvel do acusado, como explicou o delegado Laércio Evangelista, do DRACO. “Estivemos na residência dele, a equipe de investigação já tinha feito os levantamentos e tinha a informação que ele estava vendendo droga na residência e durante o cumprimento do mandado de busca foi encontrado bastante crack”, explicou o delegado.

Além de João Evangelista de Meneses, o Pezão, a sua companheira acabou sendo presa e encaminhada para a Central de Flagrantes de Teresina.

Morte de Donizetti Adalto

De acordo com a denúncia do Ministério Público, baseada em inquérito da Polícia Civil do Piauí, Donizetti Adalto foi morto em uma emboscada, sem possibilidade de defesa. Ele foi espancado e assassinado com sete tiros à queima roupa na madrugada do dia 19 de setembro de 1998, pouco antes de uma hora da madrugada, na Avenida Marechal Castelo Branco, nas proximidades da ponte do bairro Primavera, na zona norte de Teresina.

Donizetti era candidato a deputado federal pelo PPS, e estava acompanhado de seu companheiro de chapa, o advogado e até então vereador de Teresina, Djalma da Costa e Silva Filho, mais conhecido por Djalma Filho, que buscava vaga na Assembleia Legislativa do Piauí também pelo PPS.

Ambos retornavam de um comício em um automóvel Fiat Tipo, quando foram abordados e Donizetti assassinado sem chances de defesa. A Polícia Federal ajudou a Polícia Civil nas investigações.

Foram indiciados como autores do crime os policiais João Evangelista, o "Pezão", e Ricardo Silva, o estudante universitário Sérgio Silva e o ex-comissário de Polícia Pedro Silva. Como intermediador foi apontado o assessor Francisco Brito de Souza Filho.

Djalma Filho foi absolvido

Durante julgamento ocorrido no dia 27 de abril de 2022, o Tribunal Popular do Júri absolveu o ex-vereador Djalma Filho da acusação de ter sido o mandante do assassinato do jornalista Donizetti Adalto.

O Conselho de Sentença decidiu absolvê-lo por quatro votos a um, inclusive no quesito principal que trata da autoria e participação.

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