O juiz Raimundo Holland Moura de Queiroz, da 5ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, aceitou denúncia do Ministério Público do Piauí contra Bruno Henrique Vieira Barros, acusado de ser o chefe de disciplina, responsável por mandar executar membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), em Teresina.
Além dele, Paulo Lucas Cunha Xavier, Ivan Costa Ferreira, Wesllemberg Lopes de Oliveira e José Ricardo da Silva Rosa foram também para o banco dos réus, em decisão dada no dia 8 de agosto, pelos crimes de promoção, constituição, financiamento ou integração de Organização Criminosa.
Bruno Henrique Vieira Barros foi o principal alvo da Operação DRACO 39, deflagrada em maio deste ano. A investigação do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas apontou que o suspeito integra uma célula do PCC que está relacionada ao Tribunal do Crime.
Os alvos tiveram as prisões preventivas decretadas no dia 2 de agosto deste ano, após o DRACO apontar que os suspeitos integram a organização criminosa, que possui organograma dividido nos seguintes níveis: Sintonia, Jet, Disciplina, Salveiro, Cadastreiro, Gaiola, Condutor da Rifa, Jogo do Bicho, Geral do Progresso, Caixa da Unidade, Setor da Cebola, Jurídico ou Geral dos Gravatas, Geral das Trancas, Condutor da 100%, Condutor do Bob, Condutor do Halloween e Geral Fora do Ar.
Os chamados "Tribunais do Crime" foram estabelecidos no início dos anos 2000 por Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, considerado o líder máximo do PCC. Ele criou o setor de "disciplinas" dentro da facção, onde indivíduos são responsáveis por garantir a conformidade com as regras do PCC e aplicar punições quando necessário. No entanto, segundo a "regra", é necessário um julgamento conduzido por criminosos de alto escalão da facção para que as sentenças sejam proferidas.
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