Caio Araújo dos Santos, vulgo Kaio Magão, que morreu no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) na madrugada desta terça-feira (26), fazia parte do grupo comandado por um traficante com grande atuação na zona norte de Teresina, o conhecido Brizola.
A extensa ficha criminal de Kaio Magão (roubo, tráfico de drogas e investigações sob a coordenação do GRECO) pode explicar as razões pelas quais dois homens o perseguiram na manhã do último sábado (22) para executá-lo em plena via pública, na Avenida João Isidoro França, próximo ao restaurante Canoeiro, bairro Poti Velho.
Na última vez em que foi preso, no dia 21 de janeiro de 2022, os policiais militares do 13º BPM estavam em ronda ostensiva quando receberam informações de que uma suposta organização criminosa, conhecida como “Bonde dos 40”, estava reunida, portando armas de grosso calibre, no local chamado Arena Show Parque Brasil, praticando comercialização de drogas.
A equipe estava em diligência para cumprimento de mandado de prisão em nome de um foragido chamado de “baiano”. Ao chegar ao local, ingressou, com a autorização do proprietário, e observou que “baiano” não se encontrava no local, mas os policiais se depararam com uma mesa com drogas, balança de precisão e armas, com vários indivíduos ao redor da referida mesa. Ao perceberem a entrada da PM, alguns dos suspeitos jogaram suas armas no chão, dentre eles Caio Araújo dos Santos.
Lá, os policiais encontraram, ainda, três adolescentes do sexo feminino, ocasião em que eles foram conduzidos à Central de Flagrantes de Teresina.
Cerca de dois meses depois, no dia 15 de março deste ano, a defesa de Kaio Magão conseguiu relaxar sua prisão, com a adoção de monitoramento eletrônico por meio de tornozeleira.
Em junho, a defesa requereu a retirada da tornozeleira de Caio Araújo dos Santos, alegando que “o monitoramento eletrônico restringe a locomoção, causando constrangimento, temor social, trazendo à pessoa do acusado o estigma de criminoso, não restando nenhuma chance de o investigado recomeçar a vida”, diz trecho do pedido da defesa.
O pedido, no entanto, foi negado pela Justiça.
Entenda o caso
Caio Araújo dos Santos, 26 anos, baleado com quatro disparos de arma de fogo no último sábado (23), no bairro Poti Velho, zona norte de Teresina, morreu no início da madrugada desta terça-feira (26), no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
O GP1 apurou que Caio andava a pé pela Rua João Izidoro França, quando foi perseguido por dois indivíduos armados em uma motocicleta XRE, que efetuaram quatro disparos de arma de fogo contra ele.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionada e encaminhou Caio até o HUT, mas ele não resistiu aos ferimentos e foi a óbito às 00h56 desta terça-feira (26).
DHPP passa a investigar assassinato
A partir de agora, a equipe do delegado Genival Vilela, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) será responsável por se debruçar sobre as circunstâncias que envolvem a morte de Caio Araújo dos Santos, que pode estar relacionada aos últimos acontecimentos registrados na zona norte durante o mês de julho, sobretudo, às execuções em sequência.
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