O presidente da ETURB, Pessoinha, disse nesta terça-feira (07) que a empresa recorreu da decisão que suspendeu temporariamente as atividades relacionadas à implantação do novo sistema de bilhetagem.
“O Setut ingressou com a ação e o juiz deferiu de forma liminar, mas a gente recorreu e pediu uma reconsideração”, declarou Pessoinha sobre a decisão do juiz Francisco das Chagas Ferreira, da 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública da Comarca de Teresina, foi dada no dia 13 de maio.
Pessoinha afirmou que se a Justiça decidir que a bilhetagem deverá ficar com a Eturb, o novo sistema começará a funcionar ainda em agosto. “Se o judiciário entender que a gente tem razão com relação a essa questão do sistema de bilhetagem a gente vai dar andamento e há previsão de começar a operar a partir da primeira semana de agosto”, pontuou.
Em relação ao problema do transporte público, Pessoinha destacou que a solução depende de três fatores. “Primeiro, redução do ICMS do combustível, que compõe praticamente 25% da tarifa técnica. O segundo ponto é trazer o usuário de novo para o sistema. Quando tem greve, quando tem falta de ônibus, a população procura outro modal, ela vai comprar uma moto, ela vai de carona ou vai de algum aplicativo e isso é ruim pro sistema. E o terceiro ponto principal é a falta de transparência. Com a bilhetagem eletrônica que a gente vai transformar em bilhetagem digital, a prefeitura vai ter dados nas mãos para poder saber qual é a maior deficiência do sistema de transporte”, explanou o presidente da Eturb.
“Não adianta a gente achar por achar. O consórcio SITT solicitou R$ 71 milhões de indenização que é a questão do subsídio por questão de despesas que tiveram e também a questão do prejuízo que eles estão alegando no ano de 2021. Mas, a gente não tem os dados nas mãos. Entraram tantos passageiros, como é que a gente tem que ter esses dados em concreto? Gastaram tanto em combustível, mas não tem nota fiscal mês a mês. Gastou tanto com peças, mas também não tem a nota fiscal de todas as peças que gastaram. Questão de mão de obra. A questão da própria circulação dos ônibus. Então assim, os dados eles ainda não são concretos”, completou Pessoinha.
Pessoinha reforçou ainda que a Prefeitura de Teresina quer pagar o que as empresas estão cobrando, mas que para isso é preciso que sejam apresentados dados que, segundo ele, somente serão possíveis com a instalação da bilhetagem digital. “A prefeitura quer ser justa, ela quer pagar. A gente sabe, no mundo todo, que nenhum sistema de transporte vive sem subsídio, mas a prefeitura tem que ser justa e para ser justa, a gente tem que ter o controle da bilhetagem”, concluiu.
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