O juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri, negou o pedido de liberdade a Carlos Manoel Silva Guimarães, acusado de matar a amante, Kelly Rayane dos Santos Nascimento, com um tiro no rosto no dia 20 de março deste ano, em Teresina. A decisão foi dada no último dia 13 de maio.
Nos autos, o magistrado destacou que devido ao caso, a liberdade do réu colocaria em risco a garantia da ordem pública, por causa de sua periculosidade, evidenciada pela forma como realizou o crime e por motivo fútil.
“No caso em tela, é evidente que a liberdade do acusado acarretaria risco à ordem pública, notadamente pela sua periculosidade concreta evidenciada pelo modus operandi pelo qual o delito foi praticado: o acusado portando uma arma de fogo, dirigiu-se a residência onde se encontrava a vítima, que residia com seus dois filhos e que presenciaram o momento da execução da sua genitora, surpreendendo-a por trás, atingiu sua cabeça na parte posterior, vindo a óbito momentos depois. O acusado teve como motivação o fato da vítima não querer mais ter um relacionamento amoroso com o mesmo, não aceitando o término desse relacionamento, assim como também a exposição da vítima nas redes sociais, chegando até a agredi-la e proferir ameaças de morte contra a mesma, que se concretizaram posteriormente”, destacou.
O crime
Kelly Rayane dos Santos Nascimento, de 28 anos, foi assassinada com um disparo de arma de fogo no rosto na madrugada do dia 20 de março, por volta de meia noite, na Rua Professor Artur Furtado, bairro Nova Brasília, zona norte de Teresina.
De acordo com o 9º Batalhão da Polícia Militar do Piauí (PM-PI), a vítima foi atingida com um disparo de arma de fogo próximo ao maxilar e chegou a ser levada por populares para o Hospital Geral do Buenos Aires, mas já chegou na unidade hospitalar sem vida.
Mulher foi morta enquanto amamentava filho de 11 meses
O diretor do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o Barêtta, revelou em entrevista ao GP1 que Kelly Rayane estaria amamentando o filho de 11 meses, quando foi assassinada.
Segundo Barêtta, Kelly Rayane foi assassinada na frente dos dois filhos, um de 4 anos e o outro de apenas 11 meses, este último fruto do relacionamento amoroso que ela mantinha com o acusado.
“Essa moça foi morta atingida por disparo de arma de fogo no interior da sua residência, na frente de dois filhos menores, um de 4 anos e um de 11 meses. Esse de 11 meses é fruto inclusive do relacionamento amoroso com esse indivíduo que tirou a vida dela. Segundo a mãe de Rayane, ela costumava amamentar a criança de 11 meses e na posição que ela estava, provavelmente, ela estaria amamentando a criança quando recebeu o disparo de arma de fogo na cabeça. A jovem ainda foi levada para o hospital, mas já chegou sem vida”, relatou Barêtta.
Prisão
Carlos Manoel foi preso após se apresentar na sede do DHPP dois dias depois do crime.
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