Nayrana Meireles
O Ministério Público do Trabalho no Piauí (MPT-PI ) instaurou inquérito civil para investigar uma filial da Marisa Lojas S.A, localizada na Rua Senador Teodoro Pachêco, no centro de Teresina. A empresa é acusada de não fornecer condições sanitárias e conforto nos locais de trabalho aos seus colaboradores. A portaria foi assinada pela procuradora Natália e Silva Azevedo no dia 7 de novembro de 2022.
Para instaurar o inquérito, a procuradora considerou Notícia de Fato emergente e das peças informativas existentes nos autos, relacionadas às péssimas condições as quais os trabalhadores estariam sendo submetidos.
Considerou ainda que o Ministério Público do Trabalho possui legitimidade para instaurar inquérito civil e ajuizar ação civil pública em defesa dos direitos sociais constitucionalmente garantidos no âmbito das relações de trabalho.
O inquérito civil, segundo a determinação da procuradora Natália e Silva Azevedo, visa apurar os fatos “em toda a sua extensão”.
Calor extremo
O GP1 conversou com um dos funcionários da loja Marisa situada na Rua Senador Teodoro Pachêco. Ele relatou que estão há mais de um mês sendo submetidos ao calor extremo, já que o ar-condicionado da loja não está funcionando. "Roubaram os fios da loja e desde então o ar-condicionado está sem funcionar e estamos trabalhando no calor. Até mesmo os clientes ficam desconfortáveis. Somente agora eles estão providenciando o ar condicionado, depois de mais de um mês”, relatou um funcionário que não quis se identificar.
O colaborador relatou ainda que devido ao calor extremo, muitos colegas tiveram crises de enxaqueca, diarréia e até mesmo tiveram que ir ao hospital. "Vários funcionários passam mal, com diarreia e dor de cabeça. Teve funcionário que foi para o hospital, pois todo dia saía com dor de cabeça e diarreia. A exposição ao calor é fora do comum”, completou.
O que diz a Lojas Marisa
O GP1 entrou em contato com a assessoria de comunicação das Lojas Marisa, que não enviou posicionamento até a publicação desta reportagem.
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