O tenente Ailton Pereira, pai do adolescente Anael Natan Colins Souza da Silva, executado em novembro do ano passado juntamente com Luian Ribeiro de Oliveira, concedeu entrevista ao GP1 nesta terça-feira (15), exatamente um ano após os dois garotos serem encontrados sem vida em uma estrada na zona rural de Teresina. Ailton Pereira lamentou o fato de os acusados do duplo assassinato terem sido soltos e afirmou que essa decisão da Justiça foi um “tapa na cara da sociedade”.
O pai de Anael ajudou a organizar uma passeata no Planalto Uruguai, zona leste, onde os dois adolescentes moravam, como forma de homenagear os garotos e pressionar o Poder Judiciário, para que seja dada mais celeridade ao caso.
“Queremos comover o Poder Judiciário para que possa marcar o mais rápido possível o Tribunal do Júri, poque esses assassinos e marginais que fizeram essa covardia com os nossos filhos estão impunes, estão livres”, afirmou Ailton Pereira.
Na opinião do pai de Anael, a decisão pela soltura dos acusados soou como uma ofensa à sociedade e principalmente às duas famílias das vítimas. “Isso é um tapa na cara da sociedade, um tapa na cara da família, nós só queremos que a justiça seja feita o mais rápido possível”, desabafou.
Manifestação
Na manhã desta terça, as famílias dos dois jovens fizeram uma manifestação para lembrar um ano do crime e pedir Justiça. “Fizemos hoje essa passeata, porque está fazendo um ano da morte dos meninos, que foi um crime bárbaro, fizemos pedindo justiça, que a justiça seja feita o mais rápido possível”, afirmou Ailton Pereira, pai de Anael Natan.
O crime
Anael Natan Colins Souza Silva, 17 anos, e Luian Ribeiro de Oliveira, 16, desapareceram na madrugada do dia 13 de novembro 2021. Os pais dos adolescentes chegaram a procurar o GP1 pedindo ajuda para localizá-los, no entanto, no dia 15 de novembro os dois foram encontrados mortos, em um matagal próximo à rodovia PI 112, no Povoado Anajás, zona rural leste de Teresina.
Os acusados do crime, os advogados Guilherme de Carvalho Gonçalves e Francisco das Chagas Gonçalves, e o empresário João Paulo de Carvalho Gonçalves, dono do Frango Potiguar, chegaram a ser presos preventivamente, mas foram soltos por decisão judicial, proferida no dia 29 de setembro deste ano.
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