Davi Fernandes
O juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto, da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina, manteve a prisão preventiva de Thiago da Silva Carvalho, acusado de assassinar o deficiente visual identificado como Daniel Carlos de Sousa Silva, 35 anos, com 15 tiros, na madrugada do dia 30 de julho de 2020, na Avenida Carlotinha Brito, no bairro Renascença II, zona sudeste de Teresina.
A decisão foi dada no último dia 4 de maio deste ano. Nos autos, o magistrado pontuou que mesmo o réu estando preso por prazo superior ao da instrução criminal (90 dias), o caso encontra-se na situação para não ser encerrado, pois a pandemia motivou o atraso do judiciário em realizar a manutenção da prisão.
“Neste processo, embora o acusado esteja custodiado por tempo superior ao fixado em lei para o encerramento da instrução criminal, deve-se considerar que, além de haver a pluralidade de réus, o presente caso se encontra dentre aqueles justificados para o não encerramento da instrução dentro no prazo de 90 (noventa) dias, em virtude do atual quadro de calamidade pública, ocasionado pela pandemia da COVID-19, de modo que não se pode atribuir ao Poder Judiciário, a mora no julgamento deste feito”, destacou.
Além de manter a prisão preventiva, o juiz designou a audiência de instrução e julgamento para o dia 28 de maio deste ano, às 9h, por meio de videoconferência, onde serão ouvidas as testemunhas do crime.
Relembre o crime
Um deficiente visual identificado como Daniel Carlos de Sousa Silva, 35 anos, foi assassinado com 15 tiros na madrugada de quinta-feira, 30 de julho de 2020, na Avenida Carlotinha Brito, no bairro Renascença II, zona sudeste de Teresina.
Populares relataram à polícia que a vítima se envolveu em uma briga com outras pessoas, próximo ao restaurante Alto Sabor, e acabou sendo alvejada com 15 disparos de pistola em várias partes do corpo, vindo a óbito ainda no local. Uma ambulância ainda chegou a ser acionada, mas Daniel Carlos não resistiu.
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