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Teresina - Piauí

Comissão Religiosa da OAB-PI repudia ato em frente à Igreja São Benedito

Segundo a Comissão, a manifestação é inaceitável e fere a qualquer crença religiosa.

A Comissão de Liberdade Religiosa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Secção Piauí, divulgou uma nota repudiando ato que ocorreu, nesse sábado (29), em frente à igreja São Benedito, no centro de Teresina, contra o governo do presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, uma mulher foi amarrada pelos pés e mãos e colocada nua em cima de uma mesa com uma fruta na boca em frente à igreja.

A OAB Piauí repudiou o ato realizado em Teresina, e se solidarizou com os religiosos e mulheres que tenham se sentido ofendidos pela ação. “Essa Comissão solidariza-se com a Igreja Católica e com todas as mulheres piauienses, e sempre será contrária às práticas abomináveis de ódio religioso e de menoscabo ao sexo feminino, enfileirando-se em defesa dos direitos constitucionalmente resguardados”, disse em trecho da nota.


Segundo a Comissão, a manifestação é inaceitável e fere a qualquer crença religiosa, além de menosprezar o sexo feminino.

Confira a nota emitida:

A Comissão de Liberdade Religiosa da OAB Piauí vem, publicamente, registrar o seu repúdio à manifestação realizada no adro da Igreja de São Benedito em Teresina-PI, neste final de semana, quando, sob pretexto de protesto político, uma mulher foi amarrada pelos pés e mãos e colocada nua em cima de uma mesa com uma fruta na boca.

É inaceitável nos depararmos com manifestações como a acima noticiada, afrontando a crença católica (ou qualquer outra crença) e menosprezando o sexo feminino.

Não se comporta mais manifestações de intolerância religiosa ou de agressão às mulheres. O Estado Democrático de Direito, o Estado Laico, os princípios constitucionais da dignidade e da liberdade de consciência, de religião e de convicção e a igualdade de gênero perpetuados na Constituição pátria, são absolutamente contrários a toda e qualquer prática como as aqui suscitadas.

A exibição de uma mulher nua no adro da Igreja não pode ser vista como normal ou apenas como o exercício de liberdade de expressão, pois o direito de se expressar não indica que não haja imposição de limites éticos, morais e legais, bem como não deve significar a liberdade absoluta para se fazer o que quiser e afrontar a liberdade de credo e crença, sejam elas de qual natureza for.

Essa Comissão solidariza-se com a Igreja Católica e com todas as mulheres piauienses, e sempre será contrária às práticas abomináveis de ódio religioso e de menoscabo ao sexo feminino, enfileirando-se em defesa dos direitos constitucionalmente resguardados.

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