Carteiros que atuam no Centro de Entregas e Encomendas de Teresina realizam uma manifestação na manhã desta terça-feira (9), em frente à gerência do centro, em protesto pela falta de segurança que assola a categoria.
Em entrevista ao GP1, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Piauí (Sintect-PI), Edilson Rodrigues, disse que nos últimos dez dias foram registrados pelo menos quinze assaltos a trabalhadores do Centro de Entregas. Os alvos dos criminosos são os veículos maiores, que comportam maior quantidade de encomendas.
“Nós temos vários problemas, um deles são as péssimas condições de trabalho, além de uma quantidade reduzida de trabalhadores. Mas o ponto que mais atinge a categoria, principalmente os carteiros aqui da Capital, é a questão dos assaltos. Nos últimos dias os assaltos têm sido constantes, foram cerca de 15 em um período de dez dias. Os meliantes estão todo tempo à procura dos nossos veículos atrás de encomendas, eles escolhem os alvos. Muitos trabalhadores têm entrado em contato com a gente preocupados com essa questão dos assaltos”, conta Edilson.
Segundo o presidente do sindicato, alguns trabalhadores relataram terem sido perseguidos por criminosos desde a saída do setor de encomendas. A categoria cobra uma posição do superintendente das agências dos Correios no Piauí, Agenor Filho, quanto à situação de vulnerabilidade.
“Nós cobramos providência do setor de segurança da empresa para que se manifeste, que priorize a questão da segurança dos carteiros neste momento. Sabemos que a segurança é um dever do Estado, mas a empresa é responsável pela segurança desses trabalhadores, uma vez que tem um setor responsável disso na empresa e não estamos tendo esse suporte. Cobramos uma postura responsável do superintende estadual dos correios do Piauí, ele tem que ter essa responsabilidade com os carteiros, principalmente com o setor de encomendas. Não dá mais para continuar dessa forma. A audácia tem sido tão grande que trabalhadores relatam que tem meliante perseguindo eles desde a saída do setor de encomendas”, acrescentou.
Hoje pela manhã, os trabalhadores realizaram uma assembleia para discutir a situação. Edilson afirmou que se não houver um posicionamento do superintendente Agenor, haverá paralisação das atividades do setor nos próximos dias. “Realizamos uma assembleia agora, o encaminhamento é para daqui 48h, se não tivermos nenhuma resposta do setor da empresa, infelizmente teremos que fazer essa paralisação”, finalizou.
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