Um jovem de 22 anos, identificado como Francisco da Silva Bezerra, conhecido popularmente como “Mega Man”, foi assassinado com várias perfurações no bairro Residencial Judite Nunes, na zona sul de Teresina. O corpo foi encontrado nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (23).
Em entrevista à imprensa, o delegado Genivaldo Vilella, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que o jovem foi morto com perfurações feitas por um objeto contuso ainda não identificado, e que a vítima estava com o rosto bastante desfigurado.
Segundo Genivaldo Vilella, só será possível entender as reais circunstâncias do crime após a perícia. “Tomamos conhecimento do caso há pouco tempo e viemos para cá com a equipe da perícia e do IML. A perícia ainda está fazendo seu trabalho, mas a informação preliminar é de que a vítima foi morta por um objeto pérfuro-contuso, e o rosto dele está bem deformado. Após a perícia o corpo vai ser levado ao IML e examinado novamente pelo médico”, disse o delegado.
O corpo do jovem foi encontrado em uma região de lamaçal e a polícia ainda investiga se o jovem foi assassinado no mesmo local. “Por enquanto não sabemos, mas a ideia é que com a investigação possa se chegar a essa informação, se ele foi morto aqui ou se foi trazido para cá”, acrescentou o delegado Vilella.
O GP1 conversou com a mãe da vítima, Simone da Silva, que teve conhecimento do caso no início da manhã através de uma vizinha. Segundo ela, seu filho era dependente químico e no último contato que tiveram, ainda na noite dessa segunda-feira (22), o jovem pediu dinheiro para comprar entorpecentes.
“Ontem ele estava drogado e bêbado, foi atrás do pai dele em um bar no bairro Torquato Neto e pediu dinheiro a ele, o pai dele acabou dando dinheiro. Ele chegou em casa com uns fios de cobre e queimou junto a outra pessoa para vender e saiu de casa dizendo que voltava logo”, afirmou a mãe.
Ainda segundo a mãe, a vítima já estava sendo ameaçada por conta de uma arma de fogo que havia pego emprestada. “Ele estava sendo ameaçado por causa de uma arma, ele pegava as coisas emprestadas e não devolvia”, lamentou.
Simone da Silva afirmou que seu filho já tinha passagens pela polícia desde que era adolescente e que ela estava buscando interná-lo em uma clínica para tratamento de dependentes químicos. “Eu ia internar ele, ele já ia fazer o exame de sangue, mas não deu certo por conta da covid”, concluiu.
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