O prefeito de Campo Maior, João Félix de Andrade Filho, mais conhecido como “Joãozinho Félix", está sendo investigado em inquérito policial, instaurado por requisição do Ministério Público, visando apurar o suposto crime de responsabilidade cometido em 2009, em razão da contratação, sem concurso público, de 1.041 pessoas, e do pagamento de funcionários públicos fantasmas, que recebiam sem trabalhar ou desempenhar funções vinculadas à prefeitura.
O inquérito foi instaurado no dia 25 de setembro de 2017 pelo delegado José Anchieta Neri Neto, da 5ª Delegacia Regional de Polícia Civil.
![Joãozinho Félix](/media/images/2020/11/10/joaozinho-felix.jpg.950x0_q95_crop.webp)
Segundo trecho da representação feita ao Ministério Público pelo ex-vereador Fernando Andrade Sousa, as irregularidades apontadas demonstram que a Prefeitura de Campo Maior foi usada como “cabide de emprego”, para o benefício dos administradores e seus apadrinhados políticos.
Em março de 2018, O Ministério Público requereu a oitiva e a qualificação de Joãozinho Félix, bem como que fossem realizadas diligencias para a identificação e oitiva dos ditos “servidores fantasmas”.
Após sucessivas dilações de prazo, o inquérito foi enviado em 15 de junho de 2020 para a Delegacia de Polícia Civil de Campo Maior para que fossem ultimadas as investigações. O inquérito está parado desde então, há exatos oito meses e sete dias.
O crime pelo qual o prefeito é investigado tem previsão legal no art. 1º, Inciso II, do Decreto Lei 201/67 que tipifica a utilização indevida de rendas públicas em proveito próprio ou alheio. A pena prevista é de reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.
Outro lado
Procurado, na manhã desta segunda-feira (22), o prefeito Joãozinho Félix não atendeu as ligações.
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