O prefeito de Campo Maior, João Félix de Andrade Filho, mais conhecido como “Joãozinho Félix", está sendo investigado em inquérito policial, instaurado por requisição do Ministério Público, visando apurar o suposto crime de responsabilidade cometido em 2009, em razão da contratação, sem concurso público, de 1.041 pessoas, e do pagamento de funcionários públicos fantasmas, que recebiam sem trabalhar ou desempenhar funções vinculadas à prefeitura.
O inquérito foi instaurado no dia 25 de setembro de 2017 pelo delegado José Anchieta Neri Neto, da 5ª Delegacia Regional de Polícia Civil.
Segundo trecho da representação feita ao Ministério Público pelo ex-vereador Fernando Andrade Sousa, as irregularidades apontadas demonstram que a Prefeitura de Campo Maior foi usada como “cabide de emprego”, para o benefício dos administradores e seus apadrinhados políticos.
Em março de 2018, O Ministério Público requereu a oitiva e a qualificação de Joãozinho Félix, bem como que fossem realizadas diligencias para a identificação e oitiva dos ditos “servidores fantasmas”.
Após sucessivas dilações de prazo, o inquérito foi enviado em 15 de junho de 2020 para a Delegacia de Polícia Civil de Campo Maior para que fossem ultimadas as investigações. O inquérito está parado desde então, há exatos oito meses e sete dias.
O crime pelo qual o prefeito é investigado tem previsão legal no art. 1º, Inciso II, do Decreto Lei 201/67 que tipifica a utilização indevida de rendas públicas em proveito próprio ou alheio. A pena prevista é de reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.
Outro lado
Procurado, na manhã desta segunda-feira (22), o prefeito Joãozinho Félix não atendeu as ligações.
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