Entrou no terceiro dia a greve dos motoristas e cobradores do transporte público de Teresina, ainda sem previsão para um acordo entre o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Estado do Piauí (Sintetro) e o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut).
De acordo com o secretário de previdência e assistência social do Sintetro, Francisco Sousa, a previsão é que a categoria se reúna em assembleia a ser realizada nesta quinta-feira (11), a fim de definir os rumos do movimento grevista.
“A providência que nós estamos tomando é chamar a categoria para realizar uma assembleia e discutir alguns encaminhamentos daqui para frente, pois estamos no terceiro dia de greve e até agora a patronal não se posicionou em nenhum sentido com o objetivo de resolver o problema. No mais tardar até amanhã a gente vai realizar a assembleia”, pontuou.
Decisão judicial
O juiz João Gabriel Furtado, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Teresina, acatou pedido do Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI) e determinou que as autoridades municipais e os consórcios das empresas de transporte coletivo de Teresina adotem todas as medidas legais e contratuais cabíveis no sentido de garantir a disponibilidade de 70% da frota de ônibus coletivos nos horários de pico: de segunda a sexta-feira das 06h às 09h e das 17h às 19h, e aos sábados de 6h a 9h e das 12 às 15h, e 30% nos demais horários, enquanto perdurar a situação de pandemia da covid-19. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (08).
Na decisão liminar, o magistrado enfatiza que “o direito ao transporte público deve ser respeitado e concretizado, não devendo esbarrar em argumentos meramente financeiros para sua efetivação”, afirmou o juiz.
O Sintetro informou que ainda não foi notificado sobre a decisão, mas os trabalhadores já se deslocaram para as garagens na manhã desta quarta-feira (10), a fim de que a decisão seja cumprida, conforme estabelecido.
“Nós não fomos notificados, mas o sindicato está pronto para cumprir e não se opor de maneira alguma à determinação da Justiça, que prevê 70% e 30% da frota nas ruas”, ressaltou Francisco Sousa.
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