Os motoristas e cobradores de ônibus de Teresina iniciaram o segundo dia de greve no transporte público da Capital, por tempo indeterminado. A categoria cobra, entre outras reivindicações, a realização de um acordo coletivo que deve definir o novo salário e benefícios aos trabalhadores.
Diante do sexto movimento paredista em 2021, que tem afetado diretamente o usuário do transporte, a Procuradoria Municipal ajuizou uma ação, nessa segunda-feira (08), solicitando que o Setut garanta o percentual de 70% da frota em circulação nos horários de pico e 30% no horário normal, para diminuir os transtornos causados pela greve.
Em entrevista ao GP1, o secretário de previdência e assistência social do Sintetro, Francisco Sousa, afirmou que nesta terça-feira (09) estão circulando apenas 30% dos ônibus, cumprindo o percentual estabelecido na lei de greve, mas a responsabilidade em disponibilizar os veículos é do Setut.
“É louvável quando a Prefeitura de Teresina busca responsabilizar as empresas, pois se não está tendo transporte é culpa dos empresários. Então essa briga que estamos tendo é com o patrão que deixou de pagar nosso salário do mês de janeiro, é o patrão que deixou de pagar nosso ticket, o motorista e o cobrador quer trabalhar, mas quer receber o dinheiro. É muito bom colocar o dedo na cara e não ir para o lugar dele. É necessário que os empresários paguem os salários dos trabalhadores. Nós estamos em um estado de calamidade pública”, pontuou.
O Setut, por sua vez, se posicionou contrário à ação judicial, por meio de nota, responsabilizando os trabalhadores, que estão se recusando a colocar o mínimo de ônibus nas ruas. Enquanto isso, a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (Strans) segue cadastrando novos veículos para atender a população de Teresina durante a greve dos trabalhadores, que ainda não há previsão de encerramento.
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