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Motoristas cruzam os braços e 100% dos ônibus deixam de rodar em Teresina

Os trabalhadores realizaram uma manifestação na Praça da Bandeira e depois seguiram para as garagens. Eles reivindicaram o pagamento de salários atrasados.

Fábio Wellington/GP1 1 / 8 Os manifestantes iniciaram a paralisação na Praça da Bandeira Os manifestantes iniciaram a paralisação na Praça da Bandeira
Fábio Wellington/GP1 2 / 8 A paralisação seguirá por tempo indeterminado A paralisação seguirá por tempo indeterminado
Fábio Wellington/GP1 3 / 8 Os usuários ficaram prejudicados Os usuários ficaram prejudicados
Fábio Wellington/GP1 4 / 8 Devido a paralisação, a Strans acionou vans alternativas para os usuários Devido a paralisação, a Strans acionou vans alternativas para os usuários
Fábio Wellington/GP1 5 / 8 Pessoas procurando transporte Pessoas procurando transporte
Fábio Wellington/GP1 6 / 8 Transporte alternativo Transporte alternativo
Fábio Wellington/GP1 7 / 8 Usuários de transporte público na Praça da Bandeira Usuários de transporte público na Praça da Bandeira
Fábio Wellington/GP1 8 / 8 Dona Graça Rodrigues Dona Graça Rodrigues

Motoristas e cobradores de ônibus paralisaram novamente as atividades nesta sexta-feira (05) e 100% dos ônibus deixaram de rodar na cidade de Teresina. Os trabalhadores realizaram manifestação na tarde de hoje na Praça da Bandeira e depois seguiram para as garagens.

Segundo motorista Cândido Pessoa, que lidera o movimento, as empresas de transporte público não realizaram o pagamento de salários atrasados. A Superintendência Municipal de Transporte de Trânsito (Strans) já foi notificada pelos manifestantes e já acionou as vans alternativas para fazer o transporte dos usuários do serviço de transporte público.


“O motivo é falta de pagamento, eles não pagaram o dinheiro do mês de janeiro. Hoje já é o quinto dia útil, e eles nem pagaram e disseram que não tem nem previsão de pagamento para a gente. Então, por conta disso, resolvemos paralisar. A Strans foi informada e algumas vans serão responsáveis para levar o pessoal para suas casas e estamos em 100% paralisados”, informou o motorista.

Ainda de acordo com Cândido, depois da manifestação, todos os motoristas conduziram os ônibus para as respectivas garagens das empresas e não voltarão a trabalhar enquanto não receberem seus pagamentos. “Não iremos rodar mais hoje. A Strans vai mandar os alternativos e só voltamos quando formos pagos”, destacou.

Usuários prejudicados

Devido a situação, além dos trabalhadores que atuam no transporte público, os usuários ficam prejudicados. A Andressa Ingrid, que trabalha no Centro de Teresina e mora no bairro Aeroporto, na zona norte da Capital, terá que recorrer a transporte por aplicativo para poder chegar em casa.

“Nem sabia que ia acontecer paralisação, saí do trabalho e do nada percebi que não tinha ônibus. Agora vou ter mais um custo, vou ter que pegar transporte por aplicativo, no meu custo diário eu gasto R$ 8,00 mas agora vou ter que gastar R$ 13,00 para ir para casa”, relatou.

A Dona Graças Rodrigues, de 59 anos, que já tinha pago passagem antes de do protesto começar, relatou a situação humilhante que vive no transporte público de Teresina. “Não sei como vou voltar para casa, eu já paguei a passagem. A gente se sente humilhado por conta dessa situação, sem poder ir para casa. Nunca tem melhorias, somente calamidades”, destacou.

Greve na próxima segunda-feira

Essa manifestação trata-se de um movimento independente dos motoristas e cobradores, porém, a partir do dia 8 de fevereiro por tempo indeterminado, os funcionários vão entrar em greve. A decisão foi tomada durante assembleia realizada no dia 26 de janeiro.

Os principais motivos para a greve são: redução do salário dos trabalhadores, que deviam estar recebendo R$ 2.028, mas os empresários estão pagando R$ 1.941,00 além da retirada dos benefícios trabalhistas.

Confira a nota da Strans na íntegra

A STRANS informa que, diante da paralisação de motoristas e cobradores na data de hoje (05), já acionou os motoristas cadastrados para suprir a necessidade dos usuários.

O superintendente da STRANS já comunicou a paralisação a Procuradoria Geral do Município para avaliar as questões jurídicas do caso.

A diretoria de Transporte Público já acionou os quase 200 motoristas cadastrados para circular.

De acordo com o superintendente da STRANS, a paralisação que começou agora a tarde não tem relação com o município e a STRANS não se envolve em questões trabalhistas.

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