A 1ª Câmara Especializada do Tribunal de Justiça do Piauí deu parcial provimento à apelação interposta por Everaldo Ralfa de Sousa, e redimensionou para 12 anos de reclusão a pena pelo homicídio do jornalista Júlio César Macedo Galvão após acidente de trânsito, ocorrido em 23 de junho de 2006.
A defesa de Everaldo Ralfa pedia novo julgamento pelo Tribunal Popular do Júri e, subsidiariamente, a reforma da dosimetria, sendo para tanto fixada a pena-base do mínimo legal.
No julgamento realizado através de videoconferência, no dia 16 de dezembro de 2020, por maioria, foi desconsiderada a valoração negativa da circunstância judicial da conduta social, mantendo a sentença condenatória em todos os seus demais termos. Votaram pelo parcial provimento os desembargadores Pedro de Alcantara Macedo e Joaquim Santana. O desembargador José Ribamar Oliveira havia pedido vista dos autos e votou pelo provimento da Apelação Criminal, para que fosse desconstituída a decisão do Tribunal do Júri, e o réu submetido a novo julgamento.
Everaldo havia sido condenado em 2018 pelo Tribunal Popular de Júri a 16 anos e 06 meses em regime fechado.
Acidente
O acidente ocorreu quando Everaldo retornava do bairro Saci, localizado na zona sul de Teresina, no dia 23 de junho de 2016, onde estava assistindo a um jogo da Copa do Mundo, quando colidiu com o automóvel Gol do jornalista Júlio César Macedo Galvão.
O acusado bateu na traseira do carro do jornalista. O acidente ocorreu na Avenida Henry Wall de Carvalho, próximo a uma fábrica de biscoitos.
O Gol foi arrastado por cerca de 50 metros. Júlio foi levado ao Hospital do Prontomed com ferimentos graves e, em seguida, internado na UTI do Hospital São Marcos onde morreu quatro dias depois do acidente.
Ver todos os comentários | 0 |