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Teresina - Piauí

Especialista da FMS orienta como evitar e tratar lesões causadas pelo potó

Os insetos começam a aparecer com mais frequência a partir do mês de junho na capital.

Com o fim da estação chuvosa, os besouros do gênero Paederus, mais conhecidos como potós, começam a aparecer com mais frequência em Teresina. A Fundação Municipal de Saúde (FMS) divulgou algumas orientações para lidar com as lesões ocasionadas pelo inseto.

De acordo com a dermatologista do Hospital do Dirceu, Vanessa Rocha, vinculada à FMS, o que causa as lesões é a linfa, líquido que é liberado pelo inseto quando ele é esmagado contra a pele, isso comumente acontece nas regiões como axila, pescoço e nas costas. “Essa substância é rica em uma toxina chamada de pederina, que é extremamente irritativa para a nossa pele, causando uma dermatite de contato onde toca”, explica a médica.


Dependendo da forma do ocorrido, as lesões causadas pelo potó podem inchar e formar bolhas que se rompem e dão origem a crostas, mas comumente a região tende a ficar inicialmente avermelhada e com sensação de ardor.

“Elas podem aparecer em qualquer lugar da nossa pele onde o inseto foi esmagado, inclusive no olho, boca e couro cabeludo, assumindo qualquer formato. Por exemplo: em áreas de dobras, pode ocorrer o que chamamos de ‘sinal do beijo’, em que a pele previamente sadia, ao ficar em contato com a pele lesada, reproduz a queimadura por contato com as toxinas”, comenta a dermatologista.

Como tratar?

A orientação médica para tratar da lesão é hidratar bastante a pele porque isso ajuda na cicatrização do ferimento. Em caso de bolhas, elas não devem ser estouradas e o paciente deve evitar a exposição ao sol, aderindo o uso do protetor solar. “A radiação UV aumenta as chances de hiperpigmentação pós-inflamatória, que é o aparecimento de manchas escuras após a inflamação”, justifica Vanessa Rocha.

Em casos mais graves, o recomendado é que o paciente faça o uso de analgésicos e procure um médico dermatologista, ele vai orientar o uso correto de pomadas com corticoides e antibióticos, caso haja infecção bacteriana associada.

Como evitar que a presença do inseto?

A recomendação da dermatologista Vanessa Rocha é que ao anoitecer as janelas e portas devem ser fechadas, também é recomendado que se evite acender as luzes dos ambientes, já que os potós são atraídos pela luz.

“Os potós são atraídos pela luz e têm asas. Por isso, são vistos preferencialmente à noite, nos tetos e paredes das casas. Vá para o quarto e acenda as luzes apenas quando for entrar para dormir e faça uma checagem no teto antes”, pontua Vanessa Rocha, que também alerta para que nunca se tente matar o animal na pele. “Lembre-se de que é o seu esmagamento que libera a toxina, então procure retirá-lo delicadamente e lave bem a região com água e sabão”, finaliza a dermatologista.

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