O juiz Noé Pacheco de Carvalho, da 1ª Vara de Floriano, condenou Alexandre de Matos Ozório a 13 anos, 10 meses e 17 dias de prisão, por ter mandado assassinar a tiros sua ex-esposa, Jeovane de Sousa de Oliveira, em Floriano. A decisão foi dada no último dia 06 de março.
O magistrado levou em consideração alguns requisitos para chegar ao tempo da condenação do réu. Foram destacados a culpabilidade; antecedentes; conduta social; personalidade do agente; motivo; circunstâncias; consequências e comportamento da vítima.
Após os pontos serem apreciados, a pena de Alexandre de Matos Ozório seria de 18 anos e 9 meses de reclusão. Com as atenuantes, a pena definitiva foi definida para 14 anos e 7 meses. Devido ao réu ter ficado preso preventivamente por 8 meses e 13 dias, o regime inicial de sua pena é de 13 anos, 10 meses e 17 dias de prisão.
Direito de recorrer em liberdade
A defesa do reú pediu o direito dele de recorrer a pena em liberdade, porém, o juiz Noé Pacheco de Carvalho acrescentou que devido a gravidade do crime, que foi executado pelo fato do réu não aceitar o fim do relacionamento com a vítima, com quem conviveu por 18 anos e mandou matar a tiros em sua residência, o direito foi negado.
Prisão
Alexandre de Matos Ozório acabou sendo preso logo depois do crime, que aconteceu na frente dos dois filhos da vítima. Ela chegava em casa na noite do dia 21 de junho, quando foi abordada por dois homens em uma motocicleta, que disparam vários tiros que atingiram a boca, mão e tórax de Giovana. Ela foi encaminhada para o Hospital Regional Tibério Nunes em estado grave.
Logo após a prisão o ex-companheiro, ele confessou à delegada Nayana da Paz que contratou duas pessoas para executar o crime. A partir de agora, a Polícia Civil tenta prender os executores da tentativa de feminicídio, que já foram identificados.
Áudio com ameaça
A Polícia Civil do Piauí divulgou um áudio em que o acusado ameaça a sua ex-companheira de morte. O áudio foi extraído do celular da vítima, que gravou um dos diálogos entre ela e o acusado.
“Eu tô [sic passim] te dando uma chance Giovana, olha, eu tô te dando uma chance pra você analisar sua vida, eu tô te dando uma chance. Eu não tenho nada a perder mais não. Eu tô lhe avisando que eu não tenho mais nada a perder. Tenho 48 anos e pra mim tanto faz eu morrer como matar. Agora, eu tô te dando uma chance pra gente viver sossegado”, diz trecho da conversa gravada entre os dois.
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