O advogado Lúcio Tadeu, responsável pela defesa do enfermeiro Ricardo da Silva Paz, que foi preso sob acusação de ter dopado e estuprado a cunhada dentro do Hospital São Marcos, concedeu entrevista à imprensa nesta quinta-feira (03), e negou que seu cliente tenha problemas mentais.
A declaração do advogado foi dada na sede do Instituto de Medicinal Legal (IML), para onde Ricardo foi encaminhado para ser submetido a exame de corpo de delito após se entregar no 12º Distrito Policial. A prisão preventiva do acusado havia sido decretada nesta quarta-feira (02).
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1Advogado Lúcio Tadeu
O advogado Lúcio Tadeu foi questionado se o enfermeiro tem algum tipo de problema mental, uma vez que ele chegou a se internar no Hospital Psiquiátrico Areolino de Abreu, depois de o caso vir à tona na família.
Lúcio Tadeu foi enfático e disse que o cliente não tem qualquer tipo de distúrbio, e que procurou o hospital porque havia passado mal, tendo ficado muito agitado. “Não, nunca teve [problemas mentais], ele passou mal, ficou muito agitado e foi procurar um auxílio, agora eu só falo depois que tiver o inquérito na mão”, declarou.
O representante jurídico de Ricardo Paz preferiu não se estender, dizendo que agora vai analisar o inquérito. “Vamos analisar o inquérito, vamos ver os laudos, se tem laudo de exame de corpo de delito, toxicológico, vamos organizar, o papel que tínhamos pra fazer [foi feito], nós apresentamos ele em juízo”, pontuou.
Indagado se vai pedir a liberdade de seu cliente, Lúcio Tadeu colocou que tudo vai depender da análise do processo. “Não sei, vou analisar, vou ver o que tem no processo”, finalizou.
Prisão
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1Enfermeiro Ricardo da Silva
O enfermeiro Ricardo da Silva Paz, acusado de dopar e estuprar a cunhada dentro de um apartamento no Hospital São Marcos, foi preso na tarde desta quinta-feira (03), após se entregar no 12º Distrito Policial, na zona leste de Teresina. Na ocasião foi cumprido mandado de prisão temporária pela delegada titular do inquérito, Vilma Alves. Durante o procedimento ele permaneceu em silêncio.
Prisão temporária
O juiz de Direito José Olindo Gil Barbosa, da 5ª Vara Criminal (Maria da Penha) da Comarca de Teresina, decretou nessa quarta-feira (02) a prisão temporária do enfermeiro. A prisão tem o prazo de 30 dias e poderá ser prorrogada por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
Entenda o caso
O enfermeiro estava sendo investigado pela Polícia Civil do Piauí, sob acusação de ter estuprado a própria cunhada, que acompanhava um paciente em um apartamento no Hospital São Marcos.
Um familiar revelou ao GP1 que a vítima havia acompanhado seu sogro no hospital no dia anterior ao crime e tinha ido para casa descansar, deixando outra pessoa no apartamento. Porém, a empresária recebeu uma ligação do enfermeiro, relatando que o paciente não poderia ficar aos cuidados de alguém sem experiência e requisitou que ela retornasse ao hospital e ficasse com o sogro.
Ao retornar, o enfermeiro teria oferecido um remédio para a vítima, que tomou a medicação e acabou adormecendo. Cerca de seis horas depois ela acordou com fortes dores na região genitália e assim começou a suspeitar que tinha sido vítima de violência sexual. Ela registrou um Boletim de Ocorrência, fez exame de corpo de delito e depois de ser submetida a outro exame na Maternidade Dona Evangelina Rosa foi comprovado o estupro.
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