A delegada Vilma Alves, titular da Delegacia da Mulher, representou pela prisão preventiva o enfermeiro R. da S. P, acusado de dopar e estuprar a própria cunhada dentro de um apartamento do Hospital São Marcos, no dia 31 de outubro de 2020.
O pedido foi protocolado no último dia 26 de novembro e o promotor de Justiça, Francisco de Jesus, emitiu parecer favorável ao pedido da autoridade policial judiciária nessa segunda-feira (30).
- Foto: Alef Leão/GP1Delegada Vilma Alves
A delegada Vilma Alves defendeu a prisão preventiva em razão da necessidade de garantia da ordem pública e devida aplicação da lei penal e o “cumprimento de outras medidas cautelares considerando que o crime abalou a comunidade local. O perfil do indivíduo deixa absolutamente claro a falta de escrúpulos e potencial a cometer novos delitos e há concreta possibilidade de fuga. Ante o exposto, represento pela prisão preventiva de R. da P. S pelo crime de estupro de vulnerável”, disse a delegada na representação.
Entenda o caso
O enfermeiro R. da S. P está sendo investigado pela Polícia Civil do Piauí, sob acusação de ter estuprado a própria cunhada, que acompanhava um paciente em um apartamento no Hospital São Marcos.
Um familiar revelou ao GP1 que a vítima havia acompanhado seu sogro no hospital no dia anterior ao crime e tinha ido para casa descansar, deixando outra pessoa no apartamento. Porém, a empresária recebeu uma ligação do enfermeiro, relatando que o paciente não poderia ficar aos cuidados de alguém sem experiência e requisitou que ela retornasse ao hospital e ficasse com o sogro.
Ao retornar, o enfermeiro teria oferecido um remédio para a vítima, que tomou a medicação e acabou adormecendo. Cerca de seis horas depois ela acordou com fortes dores na região genitália e assim começou a suspeitar que tinha sido vítima de violência sexual. Ela registrou um Boletim de Ocorrência, fez exame de corpo de delito e depois de ser submetida a outro exame na Maternidade Dona Evangelina Rosa foi comprovado o estupro.
Exame constatou sêmen do acusado na vítima
A delegada Vilma Alves, responsável pelo inquérito que investiga o crime, disse em entrevista ao GP1 nesta quinta-feira (19) que há elementos suficientes que comprovam o estupro, inclusive, a constatação, através de laudo, da presença de sêmen do acusado na vítima.
- Foto: Alef Leão/GP1Delegada Vilma Alves
“Nenhum crime de estupro ou de violência contra a mulher pode ficar impune. O exame é robusto, aprovou o material científico do fato. A prova material é o exame de corpo delito, que já foi feito, e a prova se torna mais fortalecida porque tem a presença do sêmen”, declarou.
Acusado ainda emitiu atestados médicos e se internou no Areolino de Abreu depois de a família ter tomado conhecimento do caso.
Hospital São Marcos repudiou o ocorrido
O Hospital São Marcos emitiu uma nota nesta quinta (19), informando que está à disposição da Justiça para colaborar com as investigações. “O hospital repudia qualquer tipo de violência contra mulheres, menores, incapazes, idosos e quaisquer outros vulneráveis”, diz um trecho.
Leia a nota do São Marcos na íntegra:
O Hospital São Marcos, após tomar conhecimento de grave denúncia através da imprensa, esclarece ao público que não existe a prática de administração de quaisquer medicamentos para acompanhantes de pacientes. Caso isso tenha ocorrido, foi a partir de uma situação específica, relação pessoal de confiança que havia entre a vítima e o suposto agressor. O hospital repudia qualquer tipo de violência contra mulheres, menores, incapazes, idosos e quaisquer outros vulneráveis, está à disposição da Justiça e tomará as providencias cabíveis de maneira rigorosa, nos termos da Lei.
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