O juiz Nauro Thomaz de Carvalho, da Vara Criminal da Comarca de Barras, negou pedido de suspensão do processo apresentado pela defesa de Francisco de Sousa Rosa acusado de matar o advogado Kelson Dias Feitosa, dentro de seu escritório, em Barras, em 2016. A decisão foi dada no dia 13 de outubro.
A defesa do réu requereu o sobrestamento e suspensão do prosseguimento do processo até a apreciação de todos os recursos interpostos.
- Foto: DivulgaçãoKelson Feitosa e Francisco de Sousa Rosa
O Ministério Público e assistente de acusação apresentaram manifestação requerendo o indeferimento do pedido e prosseguimento do processo.
O magistrado destacou na decisão que “no caso em debate, trata-se de fato que, em tese, configura os crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado ocorridos no ano de 2016, e cuja persecução penal já se arrasta por longo tempo sem a decisão de mérito do julgador natural, a saber, o Conselho de Sentença do Tribunal Popular do Júri”.
“Portanto, o prolongamento do feito sem a resposta estatal à ação criminosa não atende ao postulado segundo o qual os processos devem perdurar pelo tempo estritamente necessário, especialmente quando se considera o interesse público (e do próprio denunciado) em ter uma solução célere e efetiva para o conflito posto sob julgamento”, completou.
O juiz então indeferiu o pedido de suspensão do processo.
Relembre o caso
Francisco de Sousa Rosa foi denunciado à Justiça pela prática dos crimes tipificados como homicídio qualificado por motivo fútil e mediante a utilização de recursos que impossibilitaram a defesa da vítima, bem como da tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil.
Segundo a denúncia, Francisco de Sousa Rosa, no dia 13 de junho de 2016, às 10 horas, foi até o escritório de advocacia localizado a Rua Leônidas Melo, 180, na cidade de Barras, e utilizando uma arma de fogo, deflagrou 5 tiros contra o advogado Kelson Dias Feitosa, 54 anos, provocando a sua morte. Em seguida dirigiu-se ao Mercadinho Veloso, onde de arma em punho, efetuou disparos contra o seu tio Sebastião da Silva Veloso, porém, os cartuchos não foram deflagrados e em seguida efetuou várias coronhadas contra a cabeça de Sebastião.
O advogado assassinado esteve dias antes, em 07 de junho, no Fórum da Comarca de Demerval Lobão, numa audiência com o assassino confesso, que havia ajuizado ação reparatória de danos morais. Kelson era o advogado de Sebastião da Silva Veloso.
A vítima era cunhada do ex-prefeito de Boa Hora, José Rezende, e do jornalista Pádua Araújo.
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