Um homem identificado como Flávio Willame da Silva, de 33 anos, foi executado com dez disparos de arma de fogo na manhã desta sexta-feira (11) ao lado da Unidade Escolar Benjamin Batista, nas proximidades do Estádio Municipal Lindolfo Monteiro, no centro de Teresina.
O homem é acusado de ser autor dos disparos que culminou na morte do policial do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Piauí (Bope), Claudemir Sousa, no bairro Saci, na zona sul de Teresina. Flávio Willame foi executado com dez tiros, sendo quatro no rosto, quatro na lombar, um no flanco e outro na escapular esquerda.
Segundo o sargento Pereira, do 1º Batalhão de Polícia Militar do Piauí, a vítima estava em uma bicicleta quando foi executada, por volta das 5h40. Os populares relataram que Flávio vendia lanches na região e estava se deslocando para comprar salgados no momento em que foi assassinado.
“Agora cedo, por volta de 5h40 da manhã, ele foi executado nas proximidades do Lindolfo Monteiro com vários disparos. Os populares não viram quem foi, mas ouviram os disparos. Foram vários tiros no elemento, quase todos foram na cabeça. Segundo o pessoal, ele estava vendendo merenda em uma bicicleta cargueira, que levava sucos e salgados, o pessoal relata que ele iria comprar os salgados, quando foi executado”, disse.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) esteve no local e ficará a cargo das investigações sobre o crime. O Instituto de Medicina Legal (IML) foi acionado para remover o corpo do local.
Flávio Willame já havia sofrido uma tentativa de homicídio em janeiro de 2018. Na ocasião, ele foi baleado e encaminhado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
Relembre o crime contra o policial
O cabo Claudemir Sousa, lotado no Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar, foi morto com vários tiros, no dia 6 de dezembro de 2016, na porta de uma academia na avenida principal do bairro Saci, zona sul de Teresina. Uma câmera de segurança da academia flagrou o momento em que o policial foi surpreendido por um criminoso.
Horas após o assassinato, cinco pessoas foram presas acusadas de terem arquitetado e executado o crime, dentre essas, um funcionário da Infraero acusado de ser o mandate do assassinato, e também um taxista, que foi o responsável por agenciar quatro homens para matar o policial militar. Na tarde do mesmo dia foi preso Flávio Willames, que havia saído há dois meses do Complexo de Pedrinhas, em São Luís-MA.
- Foto: Facebook/Claudemir Sousa Claudemir Sousa
Em janeiro de 2017, o promotor Régis de Moraes Marinho denunciou oito acusados da morte do policial: Maria Ocionira Barbosa de Sousa (ex-diretora administrativa do Hospital Areolino de Abreu), Leonardo Ferreira Lima (ex-funcionário da Infraero), Francisco Luan, Thaís Monait Neris de Oliveira, Igor Andrade Sousa, José Roberto Leal da Silva (taxista), Flávio Willame da Silva e Weslley Marlon Silva.
No dia 12 de junho de 2017, o juiz ouviu as testemunhas no caso. No dia 30 de junho, os acusados de envolvimento na morte do cabo Claudemir de Sousa mudaram o discurso e negaram que tenham feito parte do plano para acabar com a vida do oficial do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Piauí.
Em janeiro de 2018, o juiz de direito Antônio Reis Nollêto, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, pronunciou todos os oito envolvidos no assassinato do cabo Claudemir Sousa e revogou as prisões dos acusados.
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