O GP1 teve acesso na manhã desta sexta-feira (17), aos nomes dos homens presos em operação realizada pelas polícias civil e militar do Piauí na noite de quinta-feira (16) em um sítio na zona rural de Teresina.
São eles: Denilson da Silva Coelho, 32, e Walisson Eduardo Costa de Melo, 25. Uma terceira pessoa encontra-se foragida. Na ação policial, foram apreendidos três fuzis, dentre eles um calibre .50 de fabricação norte-americana; munições; drogas; três carros roubados e uma motocicleta. Segundo a polícia, o fuzil norte-americano é capaz de perfurar blindagens de carro-forte e até abater aeronaves.
De acordo com o secretário de Segurança Fábio Abreu, a operação é uma continuação da ação policial que apreendeu armamentos pesados nos municípios de Monsenhor Gil e Valença em novembro de 2019. “A operação continuou, no sentido de localizar principalmente esse fuzil .50, que é utilizada normalmente em roubos de carro-forte. A característica principal do fuzil é a capacidade de romper a blindagem de um carro-forte, tanto que ele é utilizado com um tripé”, declarou.
Denilson da Silva e Walisson Eduardo são foragidos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas e possuem extensa ficha criminal, inclusive por roubo a bancos no estado do Piauí, conforme o secretário de Segurança. “São dois indivíduos conhecidos nossos, eu mesmo já fiz a prisão dos dois várias vezes, por roubo de cargas de cigarro”, afirmou.
Ainda segundo Fábio Abreu, o grupo criminoso é responsável pelos roubos a uma agência bancária em Joaquim Pires e a um caixa eletrônico em Murici dos Portelas, crimes praticados em dezembro de 2019 e janeiro de 2020, respectivamente. “Essa operação vai ter continuidade, porque esses indivíduos já fizeram os roubos em Murici dos Portelas e Joaquim pires, e tinham o objetivo de roubar carros-fortes e provavelmente o banco de José de Freitas”, revelou.
Quadrilha de alto nível
O secretário Fábio Abreu informou ainda que a quadrilha é formada por mais de 15 membros, de vários estados, e que o grupo pode ser considerado de “alto nível”, no sentido de possuir bastante estrutura para a prática dos crimes. “O valor de uma arma dessas [fuzil .50] é de R$ 200 mil, mas quando eles arrebentam um carro-forte o lucro pode ser de R$ 1 milhão. Inclusive, temos informações de membros dessa quadrilha que agem em ações internacionais”, colocou.
Possível ligação com facções
Fábio Abreu descartou, no entanto, uma ligação direta da quadrilha com alguma facção criminosa. “Eles não têm uma identificação com apenas uma facção, pode até ser que alguns membros da quadrilha pertençam a alguma facção, mas suas ações não eram de uma determinada facção”, concluiu.
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