Bárbara Rodrigues
Davi Fernandes
O secretário de Fazenda do Piauí, Rafael Fonteles, foi à Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) nesta segunda-feira (23) para esclarecer aos deputados sobre as operações de crédito que foram enviadas pelo governador Wellington Dias (PT) que somam o valor de R$ 3,7 bilhões. Respondendo à críticas da oposição, o secretário ainda afirmou que o banco Brasil Plural, de São Paulo, é idôneo e que os empréstimos vão ajudar no crescimento do Estado.
Rafael Fonteles destacou que as operações de crédito vão alongar a dívida do Estado, porém, vão diminuir a taxa da dívida, sendo que ainda uma operação de crédito de R$ 1,5 bilhão será enviada para ser utilizada dentro do programa de Plano Plurianual (PPA) e com isso, trazer investimentos.
- Foto: Lucas Dias/GP1
Rafael Fonteles, Nerinho, Themístocles Filho e João Mádison
“Uma das operações de crédito é para alongar a dívida e diminuir a taxa. A operação de R$ 1,2 bilhão é para trocar operações de créditos curtas e caras, por operações mais longas e baratas. Então isso gera um perfil de melhoramento da dívida. Já a outra operação de R$ 1,5 bilhão será dentro do programa de investimentos previstos no PPA que vai chegar nessa Casa em breve e são investimentos nas mais diversas áreas”, destacou.
Dívida do estado
Fonteles destacou que a dívida do Estado do Piauí está em torno de R$ 400 bilhões e que teve diminuição ao longo de cinco anos. “A dívida com operações de crédito é em torno de 4 bilhões de reais, mas eu destaco aqui que a dívida do Estado do Piauí diminuiu ao longo dos 5 anos. Esse é um dado importantíssimo, pois mesmo com o Finisa, Finisa 2, Pro Desenvolvimento, Pro Investe a dívida caiu. Como pode se justificar isso? Porque o Estado a cada ano paga mais dívidas do que contrai. O perfil da dívida tem melhorado e o Estado do Piauí é um dos que tem o menor endividamento. Para se ter uma ideia, o Estado do São Paulo, que é o mais rico da federação tem um endividamento na receita, maior que 100%, a do Piauí só chega a 50%. O Piauí tem capacidade de endividamento, isso atestado pelo Ministério da Economia”, disse
Pagamento por ano
Com a dívida de R$ 4 bilhões, o Estado do Piauí, paga anualmente em torno de R$ 700 milhões somente em amortização e juros. “São 700 milhões em amortização e juros. Nesse ano já recebeu os 300 milhões do Finisa e alguma coisa do BNDES e não deu 400 milhões. Se a receita cresce 900 milhões de ano, mesmo que haja um crescimento nominal da dívida, quando eu divido pela receita, e cai também. Esse ano o estoque da dívida cai. Se pagamos 700 milhões, e recebemos 400 milhões, então ficou 300 milhões”, informou.
Oposição pede explicações
Um dos pontos que fizeram os deputados oposicionistas pedirem a presença de Fonteles na Alepi, foi devido ao Banco Brasil Plural ser alvo de denúncias e ainda ter falta de capital.
“Todos os bancos do país foram alvo de denúncias, essa questão entre o que é denúncia, apurado e comprovado é outra questão. O banco é idôneo, tem registro no Banco Central. É o segundo maior banco de investimentos do país, tem toda uma reputação. Então não há nenhum problema em relação questão bancária. O que importa é que será altamente vantajoso em relação a taxa”, relatou.
Empréstimos
Os pedidos de operações de crédito são os seguintes: um de R$ 1,2 bilhão que será usada para alongar a dívida. Outro de R$ 1,5 bilhão voltada para obras de infraestrutura; um terceiro de U$ 115 milhões (R$ 400 milhões) junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento, em parceria Fundo Internacional do Desenvolvimento Agrícola, com garantia da União e um última de R$ 100 milhões para investimentos em segurança.
NOTÍCIAS RELACIONADAS
Rafael Fonteles vai à Alepi esclarecer empréstimos do Governo
Rafael Fonteles anuncia pedido de empréstimo de mais de R$ 1 bilhão
Ver todos os comentários | 0 |