Estudantes e professores voltaram a protestar contra cortes do Governo Federal na área da educação e contra a reforma da Previdência na manhã desta quinta-feira (30), em Teresina. Os manifestantes iniciaram a concentração por volta de 8h na Praça da Liberdade e depois realizaram uma passeata pela Avenida Frei Serafim.
O ato faz parte de um calendário nacional, que visa derrubar as medidas propostas do Governo de Jair Bolsonaro. Para o vice-presidente do Conselho dos Leigos e Leigas do Regional Nordeste 4, que representa o Fórum das Pastoriais Sociais da CNBB, Gil Kairos, a principal luta é contra a falta de investimento em educação pública.
"Nós estamos aqui para unir a luta tanto do estudante quanto da classe trabalhadora contra os retrocessos nos investimentos da educação pública e superior, além disso para protestar contra a reforma da Previdência imposta pelo governo de Jair Bolsonaro aos trabalhadores no Brasil. Não podemos aceitar que possa ter dinheiro para todas as áreas específicas no Estado e não se tenha para a educação, não se invista na assistência estudantil, não se possa investir em educação pública de qualidade e não se possa apresentar uma Previdência que não é deficitária. Então nosso objetivo aqui é denunciar cada vez mais até derrotarmos essas propostas de implementação desse desgoverno que é o de Jair Bolsonaro", afirmou Gil Kairos.
O manifestante destacou ainda o papel da igreja como fator de inserção na luta pelas causas sociais. "Cada vez mais vamos intensificar nossas lutas nas ruas, nas praças, como igreja, como organismo e a igreja através dos leigos e leigas está cada vez mais fortalecendo a luta, através da CNBB, das pastorais sociais, porque não podemos deixar que propostas neoliberais e propostas econômicas como essas possam derrotar sobretudo aquele avanço ao povo brasileiro que é desempregado, que não tem renda. Esse é o nosso objetivo", ressaltou Gil Kairos.
De acordo com o vice-presidente Nordeste da Associação Nacional de Pós-Graduandos, Cássio Borges, as propostas de Bolsonaro são um 'retrocesso' para o país. "Nós entendemos que desde os cortes no Fundeb aos cortes propostos nas universidades representam um retrocesso ao funcionamento das instituições de educação do país. Se nós já não temos uma educação de qualidade, não vai ser cortando verbas que nós vamos conseguir melhorar a educação", criticou.
Participaram do evento o DCE da UFPI, DCE da UESPI, SINTE, CUT, SINTUFPI, ADUFPI, UNE, dentre outros movimentos.
Greve geral
Os movimentos sindicais aliados aos estudantes convocaram uma greve geral para o dia 14 de junho. Segundo Cássio Borges, esse ato vai unificar todos os movimentos contra as medidas de Bolsonaro. "A pauta vai continuar sendo os cortes na área da educação, mas aliados a questão da reforma da Previdência. Queremos somar todas as forças contra as medidas do governo Bolsonaro", finalizou.
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