O juiz Jorge Cley Martins Vieira, da Central de Inquéritos de Teresina, revogou a prisão preventiva do fotógrafo Carlos André Gomes de Holanda acusado de atirar contra o policial civil André Moraes, do Greco, durante uma briga em um posto de combustíveis na zona leste de Teresina, no dia 15 de maio. A decisão foi dada nessa terça-feira (21).
A defesa pediu a revogação da prisão depois que apresentou a documentação civil do fotógrafo que, no dia da prisão, se encontrava sem os documentos.
- Foto: Instagram/André MoraesAndré Moraes
Na decisão, o magistrado destacou que as informações foram prestadas pela defesa e que nenhum elemento novo foi juntado aos autos, razão pela qual concluiu pela revogação da prisão preventiva.
Ele afirmou ainda que não extraiu, dos elementos juntados, periculosidade que justifique a manutenção da prisão de Carlos André. “(...) ainda que tenha Carlos André entrado em luta corporal com a vítima e tomado sua arma, efetuou disparos de arma de fogo na perna da vítima, tendo oportunidade clara de efetivamente atentar contra sua vida, optando por atingir a vítima em parte do corpo, em tese, não vital, caracterizando abstratamente o crime de lesão corporal e não tentativa de homicídio”.
Foi concedido então ao fotógrafo o direito de responder ao processo em liberdade observando, no entanto, as seguintes condições: comparecimento a todos os atos da instrução, sempre que intimado; manutenção de seu endereço atualizado nos autos; comparecimento em juízo mensalmente ao CIAP; recolhimento domiciliar no período noturno a partir das 19h às 5h e nos dias de folga e monitoramento eletrônico por um período de 6 meses.
Relembre o caso
Um policial civil do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), identificado como André Moraes, foi alvejado com um tiro, na manhã desta quarta-feira (15), durante uma briga ocorrida na loja de conveniência do Posto Ipiranga, localizado no balão do São Cristóvão, zona leste de Teresina.
Um funcionário da loja de conveniência do posto Ipiranga, onde ocorreu o caso, relatou ao GP1, que o policial pode ter sido confundido por um bandido.
"O policial estava bebendo e na hora de pagar não tinha dinheiro. Ele então perguntou se podia deixar o celular como garantia. Foi quando ele sacou a pistola, mas não com intenção de ameaçar alguém e sim para tirar os pertences. Um outro cliente viu a arma e deve ter imaginado que era um criminoso. Ele foi para cima, tentou pegar a arma e iniciou-se uma luta corporal", relatou o funcionário, que não quis se identificar.
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