Os representantes do Sindicato dos Hospitais e Clínicas do Piauí (Sindhospi) e do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado (Iaspi) se reuniram, na manhã desta sexta-feira (15), a fim de tratar sobre o atraso dos pagamentos dos planos de saúde Iaspi/Plamta às unidades hospitalares desde o mês de outubro de 2018.
Durante a audiência, mediada pelo promotor Fernando Santos, da 44º Promotoria de Justiça, ficou acordada uma nova reunião que acontecerá em 20 dias para identificar se os pagamentos foram cumpridos. Entretanto, além do atraso dos pagamentos, há outros problemas que ainda não foram resolvidos.
- Foto: Cinara Taumaturgo/ GP1Audiência trata de atrasos no pagamento da rede filiada ao IASPI/Plamta
“Houve um avanço na medida que o Iaspi alegou que estaria finalizando o pagamento de outubro e, na segunda-feira, começará o de novembro. Porém, nós constatamos que ainda há muitos problemas que o Iaspi não conseguiu resolver e, o primeiro deles, é a questão do estabelecimento de um procedimento de auditoria daqueles serviços prestados pelas clínicas e hospitais, onde há reclamações da maneira como os auditores fazem esse serviço. Nós já tínhamos, ano passado, estabelecido que o IASPI iria estabelecer um procedimento neste aspecto e isso não foi feito. Existem outros pontos quanto ao reajuste anual prestados pelas clínicas e hospitais, mas um ponto fundamental continua sendo a ausência de repasses daqueles valores arrecadados pela Sefaz para o IASPI e Plamta”, afirmou o promotor Fernando Santos.
- Foto: Cinara Taumaturgo/ GP1Mediador Fernando Santos, Titular da Promotoria de Justiça da Fazenda Pública
O presidente do Sindhospi, Jefferson Campelo, ressaltou que ainda existem muitas cláusulas que os representantes não chegam a um acordo. Porém, o sindicalista está confiante. “Discutimos a questão de um contrato novo, que o contrato precisa ser melhor disciplinado. É um contrato muito antigo e muitos estão até sem. Então, elaboramos um modelo que apresenta cláusulas de reajuste anual, de multas por atraso e reajuste de materiais e medicamentos que não se faz a mais de dez anos. Nós estamos esperançosos de que a gente possa, dentro de 20 dias, voltar a ter uma outra reunião para fechar esses pontos que são mais divergentes entre os prestadores e o instituto”, relatou.
- Foto: Cinara Taumaturgo/ GP1Jefferson Campelo, presidente do SINDHOSPI
Ademais, o presidente do sindicato afirmou que se o governo não fizer o pagamento do mês de novembro na próxima semana, os prestadores deverão paralisar os atendimentos pelo Iaspi-Plamta. “O MP definiu prazo de 20 dias para o governo fazer ajustes contratuais com os prestadores de saúde. E o governo garantiu que pagará novembro próxima segunda, dia 18. Se isso não for cumprido, evidentemente, que a única arma que nós teremos é a paralisação", disse Jefferson Campelo.
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