O trabalho temporário gera renda para diversas famílias brasileiras e se destaca como alternativa para o alto nível de desemprego. Entre os meses de novembro e janeiro existe um aumento no número de vagas provisórias, visto que nesse período há uma movimentação maior em todos os setores da economia. No Piauí, o crescimento das contratações em 2019 superou em 100% o ano anterior, gerando mais de 700 oportunidades para pessoas que não estavam exercendo atividade profissional.
De acordo com Tertulino Passos, presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado do Piauí (Sindilojas), a seleção para vagas temporárias teve início no mês de outubro e encerrou na primeira quinzena de novembro. “Nesse ano, tivemos um bom número de contratações nesse período, sendo empregadas mais de 700 pessoas. O tempo de duração dos contratos é geralmente de três meses, ou seja, se o empregado começa a trabalhar em novembro, permanece até janeiro”, relata o gestor.
Ele ainda explica que através do emprego provisório existe uma grande chance do funcionário garantir sua contratação fixa. “Isso depende da reativação da atividade comercial, se continuarmos com a movimentação que temos hoje e se houver perspectiva de crescimento, automaticamente uma boa parte desses conseguirão garantir sua vaga na empresa contratante”, afirmou.
Dados
Tertulino Passos reforça que não existe um setor específico que efetivou mais contratações, mas que todas as áreas realizaram a adesão das vagas de maneira estável. Quanto ao número de acordos temporários, o ano de 2019 com 710 contratações, apresentou crescimento de 100% se comparado a 2018, onde não houve ou não foram registradas admissões desse tipo. E revelou aumento de 75% em contraste com o ano de 2017, no qual foram geradas cerca de 180 vagas. Importante ressaltar que essas estatísticas são resultados de pesquisas realizadas na cidade de Teresina, mas que dizem respeito ao estado do Piauí.
Apesar de no ano passado o resultado não ter sido satisfatório para o estado piauiense, quando analisamos os dados divulgados pela Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Assertem), em relação ao último quadrimestre de 2018, percebemos que houve o engajamento de mais de 500 mil brasileiros no mercado de trabalho de forma provisória. Revelando um progresso de 26,77% em relação ao mesmo período de 2017, que havia consolidado aproximadamente 394,9 mil vagas.
Empregadores
A empresária Elenir Pereira, proprietária de uma distribuidora de catálogos, é um exemplo de empreendedora que aderiu a contratação temporária nesta época do ano. “Em virtude da demanda, principalmente neste mês de dezembro, empreguei uma pessoa para me auxiliar na entrega de produtos e fornecimento de revistas para os clientes”, informou a administradora.
Regras de contratação
O Trabalho Temporário é regido pela Lei 6019/74, e concede ao trabalhador o direito de prestar a sua qualificação profissional, por um período curto de tempo, à uma empresa que tenha a necessidade transitória de sua força de trabalho. Embora ele não seja empregado nos moldes da CLT, a Lei garante a este tipo de trabalhador vários direitos trabalhistas pertinentes à esta modalidade.
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