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Teresina - Piauí

Assembleia geral de credores da Servi-San é adiada em Teresina

Cerca de treze mil funcionários foram demitidos no ano de 2017 e estão sem receber alguns pagamentos.

Lucas Dias/GP1 1 / 6 Trabalhadores de várias cidades compareceram ao auditório da OAB-PI Trabalhadores de várias cidades compareceram ao auditório da OAB-PI
Lucas Dias/GP1 2 / 6 Luis Carlos, presidente do sindicato de transportes de valores Luis Carlos, presidente do sindicato de transportes de valores
Lucas Dias/GP1 3 / 6 Assembleia foi marcada para acontecer no auditório da OAB-PI Assembleia foi marcada para acontecer no auditório da OAB-PI
Lucas Dias/GP1 4 / 6 Francisco de Assis, presidente do conselho de administração da Servi-San Francisco de Assis, presidente do conselho de administração da Servi-San
Lucas Dias/GP1 5 / 6 Fernando Gabriel, auxiliar de serviços gerais Fernando Gabriel, auxiliar de serviços gerais
Lucas Dias/GP1 6 / 6 Jorge Ivan, administrador de recuperação judicial Jorge Ivan, administrador de recuperação judicial

Na manhã desta quarta-feira (27), os credores da empresa Servi-San e os representantes do grupo estiveram presentes no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil secção Piauí (OAB-PI) para a realização de uma assembleia geral de recuperação judicial. Cerca de treze mil funcionários foram demitidos no ano de 2017 e estão sem receber os pagamentos.

Entretanto, a assembleia não registrou quórum suficiente e aconteceu a inscrição para que a reunião aconteça daqui a 10 dias. Jorge Ivan Teles, nomeado pelo juiz como o administrador judicial do processo, explicou ao GP1 como que está o andamento do processo.


“Vai ser apresentado um plano de recuperação, e a partir daí os credores irão votar pela sua aprovação ou não do plano de recuperação. São marcadas duas assembleias, se não tiver quórum na primeira assembleia vai para a segunda, que acontecerá no dia dez de dezembro”, explicou.

O presidente do Sindicato de Transportes de Valores, Luís Carlos, contou que estão há quase três anos sem o recebimento dos direitos, sendo cerca de 130 funcionários da área de transporte de valores

“A gente está com uma perda desde 2017, a empresa chegou no dia 17 de fevereiro e disse para todo mundo assinar o aviso que estavam demitidos. A turma que saiu foi na faixa de umas 130 pessoas, sem receber o salário e sem nenhuma previsão. Então, os trabalhadores foram todos colocados para fora e sem dar nenhuma justificativa”, relatou.

“Hoje nós estamos aqui porque ficamos sabendo da recuperação judicial e estamos acompanhando a votação. A gente foi chamado há uns 15 dias para uma reunião com a empresa e os outros sindicatos, e foi mostrado para nós uma planilha onde ela vai tirar de acordo com os valores que você tem”, comentou.

O diretor do Sindicato dos Vigilantes do Estado do Piauí, Marcos Vinicius, também estava no local e relatou que os funcionários receberam apenas uma parte do fundo de garantia, mas que as rescisões estão em débito desde a demissão.

“Foi liberado o fundo de garantia, mas em contrapartida ficaram retidos a rescisão que a empresa na situação que tá não tem como pagar. Ocasionando essa avalanche de dívidas trabalhistas na qual a Servi-San está passando. O sindicato está aqui para dar todo suporte jurídico a todos os associados do sindicato e todos os vigilantes”, ressaltou.

Credores de todo o estado estavam presentes na assembleia. Fernando Gabriel, representante dos funcionários de serviços gerais, veio da cidade de Floriano e criticou o fato de não ter ocorrido a assembleia. “Estamos aqui na causa para ver nossos direitos trabalhistas, nós saímos em 2017. O apelo é que resolvam essa causa o mais rápido possível, já está com muito tempo. Tem gente que adoeceu até de preocupação, porque nunca recebeu o dinheiro, que é nosso por direito e nós estamos todos de mãos atadas, porque ninguém está fazendo nada por nós”, desabafou.

Outro lado

O Presidente do Conselho de Administração do grupo, Francisco de Assis Veras Fortes, explicou que a Servi-San está a todo momento querendo resolver o problema e que irá pagar os credores, mas precisa de um acordo.

“Nós estamos lutando para pagar, é esse o nosso objetivo, pagar a todos. Para isso nós pedimos a recuperação judicial do grupo todo. Isso afeta a empresa e afeta o resto, queremos aprovar o plano de pagamento que foi elaborado por nós e se espera que os credores sejam maleáveis, para se discutir a melhor condição para todos, tanto de pagamento como de prazo, para salvar uma empresa de cinquenta e dois anos”, comentou.

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