Acontece nesta quarta-feira (20), o Júri Popular de Igor Andrade de Sousa, acusado de participar do assassinato do cabo Claudemir de Paula Sousa, lotado no Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar do Piauí, ocorrido em dezembro de 2016.
O julgamento já foi adiado duas vezes. O pedido de adiamento foi feito pela defesa do acusado que alegou que ele estava impossibilitado de comparecer à sessão por ter se submetido a uma cirurgia tendo apresentado laudos, relatórios e atestados médicos. Igor Gordão, como é mais conhecido, foi apontado pelo Ministério Público do Estado do Piauí como o responsável para ceder aos assassinos as armas de fogo e o carro, de modelo Fiat Uno Vivace, que possuía placa adulterada e que havia sido roubado em 2015.
- Foto: Divulgação/PC-PIIgor Andrade de Sousa
Tentativa de homicídio
No dia 2 de agosto deste ano, Igor foi alvejado com dois disparos de arma de fogo, por volta das 21h, no Parque Piauí, na zona sul da cidade de Teresina.
Ele foi socorrido por populares e encaminhado para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Segundo informações da assessoria, ele passou por cirurgia, onde fez uma laparotomia exploradora.
Assassinato de Claudemir
O cabo Claudemir Sousa, lotado no Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar, foi morto com vários tiros, no dia 6 de dezembro de 2016, na porta de uma academia na avenida principal do bairro Saci, zona sul de Teresina. Uma câmera de segurança da academia flagrou o momento em que o policial foi surpreendido por um criminoso.
Horas após o assassinato, cinco pessoas foram presas acusadas de terem arquitetado e executado o crime, dentre essas, um funcionário da Infraero acusado de ser o mandate do assassinato, e também um taxista, que foi o responsável por agenciar quatro homens para matar o policial militar. Na tarde do mesmo dia foi preso Flávio Willames, que havia saído há dois meses do Complexo de Pedrinhas, em São Luís-MA.
- Foto: Facebook/Claudemir SousaCabo Claudemir foi morto em dezembro de 2016
Em janeiro de 2017, o promotor Régis de Moraes Marinho denunciou oito acusados da morte do policial: Maria Ocionira Barbosa de Sousa (ex-diretora administrativa do Hospital Areolino de Abreu), Leonardo Ferreira Lima (ex-funcionário da Infraero), Francisco Luan, Thaís Monait Neris de Oliveira, Igor Andrade Sousa, José Roberto Leal da Silva (taxista), Flávio Willame da Silva e Weslley Marlon Silva.
No dia 12 de junho de 2017, o juiz ouviu as testemunhas no caso. No dia 30 de junho, os acusados de envolvimento na morte do cabo Claudemir de Sousa mudaram o discurso e negaram que tenham feito parte do plano para acabar com a vida do oficial do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Piauí.
Em janeiro de 2018, o juiz de direito Antônio Reis Nollêto, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, pronunciou todos os oito envolvidos no assassinato do cabo Claudemir Sousa e revogou as prisões dos acusados.
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