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Teresina - Piauí

Família que caiu em cratera ainda espera por ajuda de Firmino Filho

A dona da casa Fernanda do Nascimento afirmou que a Prefeitura de Teresina, ia enquadrar a família no programa “Família Acolhedora”, mas segundo ela, nunca receberam o benefício.

O GP1 foi até o bairro Água Mineral zona norte de Teresina, nesta sexta-feira (04), conversar com a dona da casa onde uma cratera se abriu em um dos quartos no último dia 6 de dezembro. No acidente Fernanda do Nascimento Lima, o esposo Raimundo Nonato e os três filhos: o mais velho, de 7 anos; o do meio, de 6 anos e o caçula, de apenas 4 anos de idade, ficaram feridos.

Segundo Fernanda a família ainda está esperando por um auxílio do prefeito de Teresina, Firmino Filho, já que a casa da família foi demolida pela prefeitura no dia 11 de dezembro, do ano passado.“Foi dia 6 de dezembro, estamos todos bem, só o pai aqui que quebrou a perna, teve que fazer cirurgia, mas já está bem, e estamos só esperando o que o prefeito vai fazer, porque demoliram a casa e até agora nada. Só deram quatro colchões e uma cesta básica, nunca mais apareceu ninguém”, revelou Fernanda ao GP1.


  • Foto: Hélio Alef/GP1Cratera se abriu dentro da casa de uma família Cratera se abriu dentro da casa de uma família

A dona de casa afirmou que a Prefeitura de Teresina, ia enquadrar a família no programa “Família Acolhedora”, já que eles passaram a morar com a mãe de Fernanda, mas segundo ela, nunca receberam o benefício.

“Eles disseram que era só uma pré-visita no começo, que iam vir de novo, fizeram um monte de perguntas, anotaram, disseram que íamos ficar no programa família acolhedora, receber auxílio, mas até agora nada. Eles pediram os documentos da minha mãe porque estou na casa dela, seria feito o cartão, e aí teríamos como ter acesso ao dinheiro. Mas eles disseram também que tínhamos que esperar o laudo de três meses feito pelo engenheiro, então não sei, estou sem resposta”, disse.

  • Foto: Hélio Alef/GP1A casa foi demolida logo em seguida ao acidente A casa foi demolida logo em seguida ao acidente

“Minhas coisas estão jogadas no quintal, porque não cabe aqui, eu sei que quero minha casa. Derrubaram tudo lá, disseram que não pode mais fazer casa, que vai ser uma praça. Porque uma casa pesa mais que uma praça, mas na praça vai ficar várias pessoas em cima? Só que a obra está parada. Disseram por aí que eu já estava com a casa ganha, mas para mim falaram que eu ainda tinha que ver na prefeitura, então realmente não sei de nada”, desabafou Fernanda.

Outro lado

O superintendente da SDU Centro/Norte, Weldon Bandeira, informou ao GP1 que Fernanda não recebeu mais nenhum auxílio, pois já havia sido contemplada anteriormente em programas habitacionais da prefeitura e preferiu vender o imóvel e voltar para a área de risco.

“Ela não recebeu casa, porque ela já havia sido contemplada em programas habitacionais anteriores e retornou para a área de risco, então ela não se enquadra mais em programas habitacionais da prefeitura, foi feito o atendimento social num primeiro momento, dentro da família acolhedora, devido à urgência do fato, mas é impossível se dar um imóvel para uma pessoa que já adquiriu, já vendeu e voltou pra área de risco. Se não me engano ela foi contemplada para um apartamento, e vendeu”, disse.

  • Foto: Hélio Alef/GP1A SDU está realizando obras no local que é de risco A SDU está realizando obras no local que é de risco

Weldon ainda afirmou que a obra não está parada e que a prefeitura fará a urbanização do local, para evitar que outras pessoas ocupem a área. “A obra não está parada, são etapas e vai ser feito o aterro ainda. E para aquele local ela não retorna, como ninguém pode ocupar, nós vamos dar outro destino para lá, uma urbanização, até para que não se ocupe novamente, porque ali é uma área de risco. Nós ainda estamos discutindo o que será feito lá, mas vamos urbanizar. Pode ser uma praça, até porque estruturalmente uma casa é bem diferente de uma praça. O pavimento de uma praça é bem menos impactante. Sendo uma área de risco, ela não pode ser habitada, mas pode sim ser dado outro destino”, informou.

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