O Tribunal Popular do Júri da Comarca de Picos condenou na noite desta terça-feira, 28, a onze anos de prisão o motorista Valdinar Monteiro de Jesus pelo crime de feminicídio contra sua ex-mulher Helena Santos Moura, a Leninha. E a três meses de reclusão pelo crime de lesão corporal simples contra sua ex-sogra Maria do Carmo Santos Moura. A pena definitiva é de onze anos e três meses.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu na noite de 15 de fevereiro de 2016, no bairro Altamira, em Picos. Na ocasião, Valdinar Monteiro assassinou a ex-esposa Leninha com pelo menos sete facadas. Antes, ele desferiu duas facadas contra a ex-sogra, Maria do Carmo, que sobreviveu aos ferimentos. Ela compareceu ao julgamento e foi uma das testemunhas de acusação.
- Foto: Jesyka MayaraSessão do Júri foi presidida pela juíza Nilcimar Rodrigues
Os crimes teriam sido motivados por ciúmes. Valdinar e Heleninha viveram por cerca de dez anos e tiveram três filhos, mas, na época do fato os dois estavam separados, porém, o acusado não se conformava com a situação. Atualmente o réu tem 54 anos e na época a vítima tinha 33 anos de idade.
- Foto: Jesyka MayaraJuiza ouve uma das testemunhas
Após assassinar a ex-esposa e desferir duas facadas na ex-sogra, Valdinar fugiu, mas foi localizado nove dias depois após ter a prisão preventiva decretada pela juíza da 5ª Vara Criminal da Comarca de Picos, Nilcimar Rodrigues de Araújo Carvalho. Desde então ele se encontra recolhido na Penitenciária Regional “José de Deus Barros”, para onde retornou logo após o encerramento da sessão do júri.
Sessão do júri
Presidida pela juíza Nilcimar Rodrigues, a sessão do Tribunal Popular do Júri teve início por volta das 10h40 desta terça-feira, 28, e se encerrou às 22 horas com a leitura da sentença. O réu foi condenado a onze anos de prisão em regime fechado pelo crime de feminicídio e a três meses de prisão em regime aberto pelo crime de lesão corporal simples.
Na acusação atuou o representante do Ministério Púbico Estadual, promotor de justiça Eduardo Palácio e na defesa do réu a Defensora Pública, advogada Maria Tereza.
Ao final do julgamento o promotor de justiça, Eduardo Palácio, confirmou ao GP1 que vai recorrer da sentença.
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