Sete candidatos ao Governo do Estado do Piauí participaram na noite desta quinta-feira (16), do primeiro debate nas eleições de 2018. O confronto aconteceu na TV Meio Norte, na zona sul de Teresina. Durante o debate, os candidatos puderam fazer perguntas entre si com temas livres e sorteados pela produção.
- Foto: GP1Candidatos ao governo do Piauí
Participaram do debate os candidatos Wellington Dias (PT), Dr. Pessoa (Solidariedade), Luciano Nunes (PSDB), Elmano Férrer (Podemos), Fábio Sérvio (PSL), Valter Alencar (PSC) e Sueli Rodrigues (PSOL). O único candidato a não participar do confronto foi Romunaldo Seno (DC). Os dois assuntos mais citados foram Saúde e Segurança Pública.
Confira a seguir os principais pontos defendidos pelos candidatos ao Governo:
Saúde
O ex-prefeito de Teresina Elmano Férrer avaliou que “o problema da saúde é mais gestão”. Caso eleito faria o que fez na capital, recrutando “bons gestores” e construindo um “Ambulatório do Trabalhador” em vários hospitais do estado para atender as pessoas que trabalham oito horas por dia.
“Os trabalhadores trabalham oito horas por dia e quando quer ir ao médico é um problema. Seria aberto nas estruturas existentes nesses hospitais regionais atendendo esse trabalhador que trabalha oito horas, de 18h às 22h”, afirmou Elmano.
O deputado estadual Dr. Pessoa não concordou com Férrer tendo em vista que, segundo ele, não há hora para adoecer. “Nós vamos olhar para as sete regiões que nós vamos cuidar, que o trabalhador seja atendido de manhã, a tarde e à noite, porque também adoece”, disse o candidato.
Luciano Nunes fez severas críticas à atual gestão e afirmou que o “desgoverno penaliza a população”. Para o tucano, a única alternativa é “desinchar a máquina” para poder sobrar dinheiro para investir. Além disso o candidato pretende construir hospitais de urgência em Picos, Parnaíba, Floriano e Bom Jesus.
O empresário Fábio Sérvio acredita que o problema não é a falta de dinheiro e sim como é gerido. Sérvio acusou gestores de indicar pessoas por “interesse político” para cargos hospitalares. “É preciso antes ter austeridade com o dinheiro público”, afirmou.
Segurança Pública
Luciano Nunes disse que vai “reestruturar” a Segurança Pública chamando 5 mil policiais militares e 1500 policiais civis. O tucano também iria retornar o Ronda Cidadão, modelo implantado durante gestão de Wilson Martins. Valter Alencar prometeu valorizar o servidor e chamar os policiais que estão “na fila” aguardando convocação.
Dr. Pessoa acredita que o problema da violência atual é a falta de educação e citou “segurança de prevenção” durante seu discurso. Fábio Sérvio, no entanto, afirmou que “educação é importantíssimo, mas o urgente para a população hoje é segurança pública”. O governador Wellington Dias concordou.
Pessoa defendeu seu posicionamento e citou o Rio de Janeiro. Apesar de entender que certos bandidos devem ser tratados “de maneira mais forte”, Pessoa acredita que “A violência resolve com cultura, com educação, com família cuidada”.
Obras
O governador Wellington Dias foi questionado por Fábio Sérvio sobre as obras inacabadas e explicou que o problema se deu por conta de problemas burocráticos. O petista afirmou que o Centro de Convenções e o Rodoanel de Teresina serão entregues em dois meses. Wellington afirmou também que a última etapa da Transcerrados “será com uma PPP [Parceria Público-Privada], que já está em andamento”.
Economia
Elmano prometeu “enxugar a máquina” como maneira de conter os gastos e “prestigiar” micro e pequenas empresas. O senador licenciado pretende “fazer as reformas necessárias” caso seja eleito em outubro.
Luciano Nunes afirmou que pretende “reduzir a carga tributária para estimular o setor produtivo”. Dr. Pessoa acredita que o problema é a falta de profissionalização, mas Wellington rebateu afirmando que o púnico estado do Brasil que possui ensino profissionalizante em todos os municípios é o Piauí.
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