O Conselho de Sentença do Tribunal Popular do Júri condenou José Alberto Bezerra Marques a 14 anos e 6 meses de prisão, em regime fechado, pelo assassinato da ex-namorada e estudante de Ciências Contábeis, Aline Santiago, de 23 anos. O julgamento aconteceu nesta quarta-feira (18) e foi presidido pelo juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1
Juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto lendo a sentença
O crime ocorreu há quase 10 anos, quando no dia 10 de julho de 2008, José Alberto usou uma faca para matar Aline. Ela foi trancada no apartamento do acusado e morreu no local. Há quase dois anos, o acusado foi condenado a 16 anos de reclusão, porém o julgamento foi anulado.
Segundo informações do promotor de Justiça, Ubiraci Rocha, o conselho não levou em consideração uma qualificadora que poderia aumentar a pena: “A mim, particularmente, surpreendeu o fato do Conselho de Sentença, não ter aceito a última qualificadora, que era a mais evidente, que era a impossibilidade dela se defender”, afirmou.
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Promotor Ubiraci Rocha
A promotoria vai analisar se vai recorrer: “Eu não recorri aqui, vou conversar depois com a família pra gente ver a viabilidade disso, o prazo do recurso vai correr, mas é preciso pensar direitinho se vale a pena, e é preciso saber também se a defesa vai recorrer, se isso acontecer a gente vai analisar se o melhor seria recorrer. Se tem 5 dias, para apresentar as razões do recurso, se houver”, disse.
José vai permanecer solto até o trânsito em julgado da sentença, no entanto, Ubiraci explicou ainda que se não houver recursos, o cumprimento da pena será imediata: “Esse é o grande problema do nosso país, ele se encontra solto e solto ele vai ficar em razão de recursos, se houver, agora se não houver recurso o cumprimento da pena será em seguida, só haverá o cumprimento da pena de imediato se não houver recurso das partes”, esclareceu.
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Francisca Lustosa
A mãe de Aline, Francisca Lustosa, afirmou que a família quer que José seja preso e disse ainda que vai avaliar se vai recorrer ou não da sentença: “Mesmo tendo diminuído, existe a possibilidade dele ser preso, e o que a gente quer na verdade é que ele seja preso, para que esse nó desça da nossa garganta. Eu vou pensar direitinho [se vai recorrer], mas no primeiro momento pode ser [que não recorra], porque nós temos pressa nessa prisão”, declarou.
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