O tenente-coronel Carlos Pinho, presidente da Associação dos Oficiais Militares do Estado do Piauí (Amepi), e o capitão Anderson, presidente da Associação dos Bombeiros e Policiais Militares do Estado do Piauí (ABMEPI), procuraram o GP1 na tarde dessa terça-feira (27) para emitirem direito de resposta a respeito da matéria intitulada “Wellington Dias anuncia reajuste no salário dos policiais militares”, publicada no mesmo dia.
O presidente da Amepi, Carlo Pinho, deixou claro que o reajuste não foi negociado anteriormente, como também não foi aceito pelas categorias. “Em nenhum momento dessa gestão, o governo sentou conosco para negociar reajuste salarial, apesar das insistências reiteradas da nossa categoria em apresentar propostas para que não se rompesse com o ciclo de planejamento da política salarial. Se o governador está fazendo algo nesse movimento é sem consolidar o canal de comunicação e, fazendo assim, o governo rompe a prática de sentar e negociar uma política salarial”, explicou.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Integrantes da Amepi
Já o capitão Anderson, contou que foi feito um cronograma de planejamento de duas audiências públicas para tratar especificamente sobre essa pauta de reajuste, através de provocação da Assembleia Legislativa. “Não compareceu ninguém do governo. Não entraram em contato conosco e não abriram qualquer canal de diálogo, não tiveram nenhuma intenção de negociar. Todos os representantes das entidades classistas, conjuntamente, decidiram, através de um fórum, que a partir dessa próxima terça-feira iniciaremos atos de enfretamento ao governo do estado, no sentido de fazer essa imposição da política de reajuste salarial, porque nós não aceitamos. Temos uma planilha salarial em forma de triênio, três impactos financeiros nos anos de 2018, 2019 e 2020. Nossa reposição inflacionária seria na ordem de 22%, e não de 1%”, disse.
O advogado Otoniel Bisneto, que representa a Associação dos Oficiais Militares do Piauí (Amepi), destacou a diferença salarial entre agentes penitencias e policiais militares. “Hoje um agente penitenciário tem uma folga de 72 horas, ele tem uma carga pesada, mas tem essa folga. É uma quantidade menor e ele está ganhando praticamente o dobro do policial, que está todos os dias nas ruas, em uma jornada de trabalho, que é totalmente superior a 44 horas semanais, que é prevista dentro do estatuto”, finalizou o advogado.
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