Amigos de Rayron Holanda, realizaram na manhã deste sábado (1) a “Caminhada pela Paz” na zona leste de Teresina, pedindo mais segurança para a população, além de Justiça no caso do estudante de medicina. A ação foi coordenada pela 85ª turma de medicina da Universidade Federal do Piauí (UFPI), da qual Rayron fazia parte.
Rayron foi assassinado no dia 25 de novembro, em uma estação de ônibus após uma tentativa de assalto na zona sul de Teresina. A caminhada começou por volta das 10h10, saindo da Paróquia de Fátima, na Avenida Nossa Senhora de Fátima, e seguiu até o Hospital Universitário, na zona leste de Teresina.
Daniele Cabral estudava com Rayron e destacou a humildade dele. “Ele era o tipo de pessoa que era incapaz de chegar sem dar um bom dia, perguntar como era que a pessoa estava, como foi o dia, se dormiu bem. Ele entendia muito de pesquisa e mamografia, então sempre que a gente precisava, ele fazia de tudo para ajudar. Então todo mundo sente falta dele. Quando a gente diz que ele era querido, é porque ele realmente era. Essa blusa que estamos usando representa o caminho dele até o nosso coração, o amor dele pela pesquisa, pelo café que ele tomava todo o dia e representa os nossos corações que ele deixou para trás”, disse.
Nicolas Rosal, do Centro Acadêmico Zenon Rocha explicou que a caminhada pede paz, mas também quer Justiça no caso. “A caminhada foi uma organização própria da turma dele, e teve o apoio de outras entidades. Hoje estamos pedindo paz, justiça, porque poderia ser qualquer um de nós, independentemente de ser aluno de medicina, esse é um clamor mesmo. Ninguém está pedindo vingança, mas justiça”, destacou Nicolas.
Professores de Rayron também participaram da caminhada. Zulmira Monte afirmou que o jovem de 22 anos era um bom aluno. “Eu sou professora do primeiro período, então recebemos esses alunos com muitos sonhos e ansiedade, então eles marcam muito a gente. O Rayron, logo no segundo e terceiro período, ele foi monitor da minha disciplina, então a gente teve uma convivência mais próxima e ele sempre preocupado em transmitir o que já sabia aos colegas. Ele sempre vinha fazer revisão comigo para poder passar corretamente o conteúdo aos alunos”, disse a professora.
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