O secretário de segurança do estado do Piauí, Fábio Abreu, disse ao GP1 na manhã dessa terça-feira (23) que não pode impedir que policiais entrem armados em locais públicos. A discussão sobre esse assunto foi levantada depois que o cabo do Exército Wanderson Lima Fonseca, atirou em três pessoas dia 13 de janeiro, durante a prévia de Carnaval da Banda Bandida.
Segundo Fábio Abreu, o Estatuto do Desarmamento delegou ao Estado regulamentar a Lei Federal em relação ao porte em locais de permanência do policial. “O nosso Estado, primeiro instituiu como porte a carteira funcional. Outro ponto, ele [policial] pode pela própria Lei do Estado, permanecer e entrar em locais públicos. Nós estamos buscando que aja a disciplina desse policial, como obrigatoriedade de se identificarem nas portarias dos clubes, e que aja de acordo com o que está prescrito na Lei de Porte, usar a arma de forma velada, são várias recomendações”, disse o secretário.
“Eu não posso, pela própria Lei, proibir a entrada do policial, porque ele não deixa de ser policial quando está ‘lá’ dentro. Então seria mais fácil para alguém que tem alguma rixa contra o policial saber que ele estará em um evento e vulnerável. O policial se tornaria a vítima”, explicou Fábio abreu, sobre a complexidade do assunto.
- Foto: Lucas Dias/GP1Fábio Abreu
Carteirada
Fábio Abreu ainda comentou sobre a famosa “carteirada”, situação em que se busca vantagem ou privilégio em razão de seu cargo, profissão, condição financeira ou social. “Nenhum dono de clube é obrigado a permitir que o policial entre sem pagar, a não ser que seja um policial que esteja com uma ordem de missão. Nos demais casos, é uma discricionariedade dos donos dos estabelecimentos”, finalizou.
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