Três pessoas são indiciadas por ofenderem policiais do GRECO

Três pessoas identificadas pelas iniciais S.M.S, P.R.S.E., e K.R.S.O. foram indiciadas nessa quarta-feira (10), após realizarem comentários em uma postagem no Facebook caluniando, difamando e injuriando policiais do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO).

De acordo com o delegado titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, Daniel Pires, 17 policiais se sentiram desonrados com os comentários, e portanto procuram a delegacia para realizarem os Boletins de Ocorrência. “Houve uma operação sobre fraude de concurso, e após as prisões de algumas pessoas, vários perfis falsos foram criados no Facebook e foram feitos comentários dizendo que ele eram torturadores, ladrões, difamando, injuriando, e caluniando os policiais do Greco”, explicou o delegado.

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• Foto: Lucas Dias/GP1Delegado Daniel Pires

Segundo Daniel Pires, os comentários foram realizados em um post feito por um jornalista sobre as prisões realizadas na operação. “Diante disso, instauramos um inquérito policial, foi feito um pedido de cautelar, e foi prontamente deferido uma quebra de sigilo. A empresa informou quem seria essas pessoas que estavam usando perfis falsos. Elas foram intimadas e todas elas tinham parentes/amigos que foram presas pelas policiais do Greco. Os três confessaram os delitos. Agora vai ser encaminhado para Justiça para eles serem julgados”, finalizou o delegado.

• Foto: Divulgação/GrecoComentários de familiares de presos

• Entenda o caso

  Em entrevista ao GP1, um policial do GRECO que não quis se identificar, contou como surgiram os comentários denegrindo a imagem dos policiais da instituição. Segundo o policial, as pessoas que fizeram os comentários se aproveitaram de uma situação que aconteceu envolvendo um jornalista.

  “Aconteceu um pequeno problema na chegada do GRECO, onde na porta um jornalista teve seu equipamento danificado por um policial e até então nunca aconteceu esse problema com qualquer tipo de policial aqui do GRECO”, contou.

  O jornalista, que teve seu material danificado, fez uma publicação em seu perfil contando o fato. “Quando foi publicado, ele achou que fosse um policial do GRECO e não era, era de outra instituição. O policial estava à paisana e quando foi feita essa publicação, misturou com essa situação e acabou no facebook do jornalista”, continuou.

  “Depois o jornalista pediu desculpas e veio até o GRECO e reconheceu que realmente não era policial da nossa instituição”, concluiu.

  Nomes recorrentes

  As pessoas foram identificadas e segundo o agente, elas fazem parte das famílias que tiveram entes presos durante operações do GRECO. “Teve alguns nomes que constavam em várias operações de concursos, que já era recorrente em fraudar concursos”, afirmou.

  Trabalho sério

  O policial disse ao GP1 que se sentiu incomodado com os comentários tendo em vista o trabalho realizado pela equipe. Ele relatou ainda que em uma dessas operações de fraudes de concursos públicos, teve que prender colegas de trabalho.

  “Infelizmente naquela época a gente teve que prender colegas de trabalho. Colegas do meu concurso e por aí você tira. Pessoas que estavam em sala de aula com a gente, fazendo o curso. É complicado, não é fácil e também não é bom. É constrangedor para quem está sendo preso como para quem está efetuando a prisão”, revelou.

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