O Ministério Público do Estado do Piauí instaurou notícia de fato para investigar ausência de fisioterapeutas na Clínica de Fisioterapia do Hospital Helvídio Nunes, em Monsenhor Gil. A portaria nº 007/2017 foi assinada pela promotora de Justiça Rita de Cássia de Carvalho Rocha Gomes de Souza, nesta terça-feira (29).
A investigação foi aberta após relatório encaminhado pelo Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO-14) sobre a Clínica de Fisioterapia do Hospital Helvídio Nunes.
Segundo o relatório, no dia da visita, o CREFITO flagrou pacientes recebendo atendimento de uma técnica de enfermagem e nenhum dos fisioterapeutas lá lotados estavam presentes no momento. Na oportunidade também foi constatado mofo e infiltrações nas paredes, falta de privacidade para os pacientes, quantidade de aparelhos insuficientes e sem manutenção.
No termo de visita, os técnicos do CREFITO apontaram como medidas a serem adotadas pelo Município de Monsenhor Gil quanto à sala de fisioterapia: cadastro da clínica junto ao CREFITO-14 no prazo de 20 dias, adequação da estrutura física do espaço de atendimento devido ao mofo existente nas paredes no prazo de trinta dias, biombos de separação entre as macas para privacidade dos atendimentos no prazo de 30 dias, caso algum dos fisioterapeutas tenha alguma pendência junto ao CREFITO-14, promover a regularização no prazo de 20 dias e proibição de atuação de técnico de enfermagem no setor.
Na Clínica de Fisioterapia de Monsenhor, que funciona em um anexo do Hospital Helvídio Nunes, são atendidos pacientes nas áreas da traumato-ortopedia, neurologia, respiratória e reumatologia, com uma demanda média de 25 a 30 pacientes por dia.
O promotor determinou que a Secretaria Municipal de Saúde se manifeste acerca do relatório de visita feita à sala de fisioterapia do Hospital Helvídio Nunes, para que, se assim entender, apresente explicações acerca da situação trazida à baila, em tempo hábil.
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