Durante interrogatório realizado pela Delegacia de Homicídios, o adolescente de 16 anos de iniciais M.P.C., acusado de matar a tia psicóloga Joaquina Maria Pereira Vieira de Barros, afirmou que gostou da sensação de matar. A informação foi repassada pelo coordenador da delegacia, delegado Francisco Costa, o Barêtta.
- Foto: Thais Guimarães/GP1Delegado Barêtta
O garoto foi apreendido na última sexta-feira (30) na casa dos pais em Timon, no bairro Parque Alvorada, e foi interrogado no mesmo dia. Agora ele se encontra sob responsabilidade da Vara da Infância e da Juventude, no Complexo da Defesa e da Cidadania (CDC).
Segundo a avaliação do delegado Barêtta, o menino apresentou sinais de psicopatia. “Eu disse que ele é um psicopata, pois tinha consciência do que estava fazendo. É um indivíduo frio, perigoso e não apresentou nenhum arrependimento, vive na sociedade, mas tem tendência à pratica de crimes. Ele inclusive disse que gostou de matar. Eu perguntei porque que ele cortou o pescoço da vítima e ele respondeu que era para aliviar o sofrimento dela”, declarou.
De acordo com o delegado, o adolescente admitiu que pensou em matar a filha da psicóloga, uma criança de 9 anos, que estava na casa no momento do ocorrido. Barêtta informou ainda que o acusado tentou simular um latrocínio. “Ele tentou escamotear o crime de homicídio simulando um crime de latrocínio, pegou o telefone celular, levou documentos, cartão, talão de cheque e outras coisas [da vítima]”, explicou.
- Foto: Facebook/Joaquina BarrosJoaquina Barros
Barêtta contou que M.P.C. não era sobrinho biológico de Joaquina Maria, e que já havia atentado contra a vida de um tio. “Durante a investigação nós ficamos sabendo que o adolescente tinha atentado contra a vida desse tio, também com uma faca. Mas ele não disse isso”, disse.
Adolescente pediu veneno à namorada
O delegado falou que o menino levava uma vida normal, estudava e tinha uma namorada. A moça, que foi interrogada, contou que após a morte de Joaquina Maria o namorado lhe pediu ajuda para conseguir veneno. “Provavelmente era para matar outra pessoa”, concluiu Barêtta.
Relembre o caso
A psicóloga Joaquina Maria Pereira Vieira de Barros, uma das proprietárias da Clínica Reintegrar, foi encontrada morta no dia 25 de junho dentro de sua residência, no bairro Macaúba em Teresina. Ela foi enforcada e teve o pescoço cortado.
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